
O aumento do número de casos de um tipo de infecção em pacientes com diabetes nos últimos cinco anos preocupa as autoridades de saúde do Brasil. O crescimento coincide com a entrada de três medicamentos usados no tratamento desses pacientes e que ajudam a eliminar a glicose pela urina.
O alerta surge após comunicado da FDA, a agência que regula medicamentos nos EUA, sobre 12 casos de gangrena de Fournier nos últimos cinco anos. O número é o dobro dos seis registros relatados em 34 anos com o uso de remédios mais antigos.
Na terça-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um alerta sobre uma possível relação entre o uso desses medicamentos e a ocorrência de casos de fasciíte necrosante (gangrena de Fournier) – infecção por bactéria que acomete qualquer parte do corpo, mas, frequentemente, a região genital e áreas adjacentes, causando necrose de tecidos.
Os remédios que estão sob vigilância são conhecidos como “inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2” (iSGLT2) – canagliflozina, dapagliflozina e empagliflozina (Invokana, Forxiga e Jardiance). Considerados de primeira linha, eles estão no mercado desde 2013. “São remédios mais novos, eficazes no controle dos níveis de glicose, além de apresentarem efeitos benéficos, como controle da pressão arterial, perda de peso e proteção dos rins e do coração”, explicou o endocrinologista Eduardo Nasser, do Hospital Madre Teresa.
Pessoa não deve interromper tratamento por conta própria
Apesar do alerta, pacientes que fazem uso dos três medicamentos não devem interromper o tratamento por conta própria. A orientação é do médico infectologista Estevão Urbano, presidente da Sociedade Mineira de Infectologia. “Os sintomas costumam aparecer de forma discreta, com vermelhidão na pele, dor ao toque e calor local. Oriento que pacientes que fazem uso desses medicamentos fiquem mais atentos aos sintomas e, ao surgimento de algum deles, não suspendam o uso dos medicamentos sem antes consultar o médico”, diz.
Segundo o infectologista, o tratamento precoce envolve uso de antibióticos e limpeza do local e é quase sempre bem-sucedido. Além do diabetes tipo 2, a fasciíte necrosante possui vários fatores de risco, como imunossupressão, HIV, doenças crônicas, desnutrição, doenças renais e hepáticas.
Por Raquel Penaforte - OTempo

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