Mais de 200 servidores públicos estão na porta da Prefeitura de Sete Lagoas nesta manhã de quinta-feira (29), fazendo manifestação contra o atraso de pagamento. A maioria são servidores de carreira que protestam contra o atraso do salário de outubro.
Durante a manifestação, o secretário adjunto de Educação Gutemberg Silva teria “batido boca” com funcionários, alegando que a culpa pelo atraso é do Estado e dizendo que seria preciso chamar a Guarda Civil Municipal para impedir a manifestação. Contudo ela se fez presente apenas para fechar parte da Praça Barão do Rio Branco, devido ao número de manifestantes.
Segundo a presidente do Sindsel, Rosimar Gomes (“Masinha”), há também a preocupação com os salários de novembro, dezembro e 13º salário. Fazendo buzinaço, servidores municipais gritam palavras de ordem: “Ô Leone, cadê você! Eu vim aqui para receber!” Assim, pedem a presença do prefeito para que o mesmo se posicione.
Alguns secretários colocam-se a favor dos servidores, como o de Saúde, Magnus Eduardo; a secretária de Educação Nires da Silva; outros não quiseram manifestar, como o de Administração Mauro Cléber e o de Planejamento Adilson Lustosa. Vale lembrar que Magnus, Mauro Cléber, Nires e o secretário adjunto de Educação, Gutemberg Silva são servidores de carreira.
Veículos que passavam pelo local, demonstraram apoio à manifestação. Até o presente momento, o prefeito não se manifestou. Durante o protesto, professores apresentam cartazes com os seguintes dizeres: “Ameaçar cortar o ponto é intimidação!” Isso porque durante a paralisação nesta quarta-feira (28) e quinta-feira (29), a Prefeitura decretou ponto facultativo somente para o setor administrativo e as escolas funcionaram. Também servidores de Saúde teriam sido ameaçados com o corte de ponto, o que causa uma revolta muito grande no setor.
Nesse sentido, os professores teriam recebido a ameaça de que se houvesse a paralisação, o ponto seria cortado. E os servidores não admitem isso, uma vez que não estão recebendo o pagamento, sendo que a paralisação é um direito constitucional.
Uma professora disse que na escola em que trabalha em tempo integral, há professores que não aderiram à paralisação e foram trabalhar, mas não encontraram nenhum aluno. “O fato ocorreu também em outras escolas! Eles cumpriram horário sem a presença de alunos! E isso é injusto, pois estamos aqui para reivindicar um direito nosso!”, desabafou.
Segundo ela, professores foram pressionados por diretores, através do WatsApp para trabalharem. “Certamente isso aconteceu devido a ameaças que eles receberam pela equipe do prefeito!”, enfatizou. “Trabalhamos por amor, não é fácil ensinar e é preciso haver respeito pela nossa profissão! Já vai fazer dois meses e estamos sem receber, sem dinheiro até para vale-transporte!”, dispara.
Reunião
A partir da manifestação, está acontecendo no momento uma reunião entre servidores e os seguintes representantes do Município: o controlador Ayrê Penna; o secretário de Saúde Magnus; o de Planejamento, Orçamento, Tecnologia e Comunicação Social, Adilson Lustosa; o de Fazenda Cássio Almeida; o de Obras Vítor Dias; o de Trânsito Wagner Oliveira; e da Educação, Nires da Silva.
Da Redação
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