Em decisão publicada nesta sexta-feira (14), o desembargador Alberto Vilas Boas, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), determinou suspensão de greve iniciada nessa quinta-feira (13) pelos servidores da saúde que reivindicam do Estado o pagamento do 13º salário. Boas fixou multa no valor de R$ 100 mil ao Sind-Saúde por dia caso a decisão não seja cumprida.
No documento, o magistrado justifica a decisão declarando que a greve pode causar danos irreparáveis à população que depende do serviço público de saúde. Além disso, Boas argumenta que o período de comunicação prévia da greve não foi respeitado.
Com a decisão, profissionais como enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, técnicos de raio-x e de farmácia de todo o Estado que estavam mantendo escala mínima de 30% deverão voltar às suas atividades normais. Os médicos não participam do movimento.
A reportagem de O TEMPO teve acesso ao documento por meio da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
O Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde de Minas Gerais (Sind-Saúde/MG) afirmou que não foi notificado da decisão. "Independentemente de ser notificado, o sindicato continua com o movimento da mesma forma. Não é desacatando o Judiciário, de forma alguma, mas o governo, poucas horas de uma reuniçao ocorrer, entra com uma liminar da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais impedindo que seja efetivada a greve dos servidores do Estado de Minas Gerais", declarou Neuza Freitas, à frente do Sind-Saúde.
Por Laura Maria - OTempo
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