
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez um apelo nesta quarta-feira (27) ao presidente Jair Bolsonaro: "Pare, chega, peça ao entorno para parar de criticar".
Maia deu a declaração poucas horas após dizer que, enquanto o país tem milhões de desempregados e registra milhares de assassinatos todos os anos, Bolsonaro está "brincando de presidir".
Em resposta, Bolsonaro afirmou em uma entrevista em São Paulo que "não existe brincadeira, muito pelo contrário". Participaram dessa entrevista apenas jornalistas autorizados pela equipe de segurança do presidente. Ficaram de fora TV Globo, GloboNews, CBN, "O Globo", "Valor", "O Estado de S.Paulo", "Folha de S.Paulo" e UOL.
"Eu acho que o Brasil perde. A bolsa está caindo, a expectativa dos investidores está ficando menor. Expectativa positiva. Então, ninguém ganha com isso. Eu até faço um apelo ao presidente que pare, chega, peça ao entorno para parar de criticar. Pare de criticar. Vamos governar", declarou Maia.
Na semana passada, Maia afirmou em entrevista ao site do jornal "O Globo" que iria deixar a articulação para aprovação da reforma da Previdência.
Segundo "O Globo", o presidente da Câmara ficou insatisfeito com críticas feitas a ele nas redes sociais pelo vereador Carlos Bolsonaro(PSC-RJ), filho do presidente Bolsonaro.
"Chega. Está na hora de parar. O Brasil precisa que a gente pare. Agora, é claro, quando você recebe uma crítica, o natural é que a gente faça, tenha uma reação. Mas está errado. Vamos parar. Vamos cuidar do Brasil. O Brasil está precisando. São 12 milhões de desempregados no Brasil. Não é brincadeira", acrescentou o presidente da Câmara nesta quarta.
Nos últimos dias, a relação de Rodrigo Maia e Bolsonaro se deteriorou porque os dois passaram a divergir publicamente sobre a quem cabe a articulação para aprovação da reforma.
Enquanto Bolsonaro tem dito que a responsabilidade é do Congresso, Maia afirma que o governo não pode "terceirizar" a articulação política.
Ao comentar a declaração de Rodrigo Maia sobre Bolsonaro, nesta quarta-feira, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou que há "ruído na comunicação" entre os dois, acrescentando que o deputado é "imprescindível".
A sequência de declarações
O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Felipe Francischini (PSL-PR), já disse que a reforma da Previdência só terá celeridade, como quer Bolsonaro, se a base aliada do governo estiver "organizada e coesa".
A CCJ é a primeira etapa da tramitação da reforma, e a votação está marcada para o próximo dia 17 de abril. Depois, se aprovada, a proposta seguirá para uma comissão especial e, por fim, para o plenário da Câmara.
Para garantir a aprovação, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou o governo precisa melhorar a relação com o Congresso. O ministro da Economia, Paulo Guedes, porém, avalia que o problema é de comunicação.
Por G1

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