Uma veterinária (Maria Paula Ferrari Oliveira), proprietária de uma "clínica de pet shop", fez um desafabo em seu Facebook, a respeito da perseguição de um cliente que teria ficado obcecado por ela.
A situação de constrangimento teria começado em janeiro de 2018, após um atendimento a um cachorro do homem. “Depois disso, essa pessoa começou a manter contato comigo quase que diariamente, enviando mensagens. Tive que bloqueá-la algumas vezes, pois o conteúdo não era nada legal, sempre estranho e com segundas intenções.
O cliente passou a demonstrar interesse em mim, sem nenhuma reciprocidade. “A única vez que tive contato com essa pessoa foi estritamente profissional e a partir disso começou um inferno com mensagens e mais mensagens. Recebi algumas coisas na minha clínica: fotos, quadro desenhado, flores, bombom e chocolate.”, conta Maria Paula.
Segundo ela, começou a ficar intrigada porque isso tava acontecendo com bastante frequência e aí, depois de talvez oito meses, resolveu procurar um advogado para buscar proteção da forma legalmente adequada. “Entramos com processo, consegui a medida protetiva de que o cliente não poderia aproximar-se de mim, contudo ele desobedeceu à lei. Continuou me perseguindo e enviando mensagens, até que então o mesmo começou a vir na porta de minha casa. Cheguei a vê-lo umas cinco vezes na porta daqui de casa e minha vida começou a ficar cada vez mais difícil, precisando andar com pessoas perto de mim e às vezes até tendo que contratar segurança.”, desabafa a veterinária.
Imagem: Reprodução/Facebook
Maria Paula enfatiza que seu trabalho exige muita concentração e dedicação. Contudo, ela passou a sentir-se muito vulnerável e acuada em seu trabalho. “Tinha receio pelas minhas funcionárias. Pensei várias vezes em desistir e fechar a clínica. Não tenho intenção nenhuma de prejudicar ninguém, de viver uma vida me sentindo culpada por ter feito alguma coisa com alguém. Só gostaria de viver em paz de verdade.”, exclama.
A veterinária ainda conta que outras medidas foram alcançadas, sendo que o referido cliente não poderia sair de casa fora do horário comercial e teria que fazer um tratamento psiquiátrico. “Mas depois de dois meses, ele voltou a enviar mensagens, seguindo o Instagram de minha clínica. Na semana passada ele foi na loja de meu namorado e deixou um cartão dele lá. Também fez uma ligação nada amigável para o meu irmão, fazendo ameaças.”, relata.
Maria Paula diz que não sabe mais o que fazer. “Todas as vezes que vejo uma reportagem de uma mulher assassinada, penso que talvez eu seja a próxima vítima. Gente, vocês não tem noção o que é viver isso todos os dias! Mesmo que você tente distrair, aquela dorzinha fica com a gente o tempo inteiro. Não quero que isso prejudique ninguém de forma nenhuma e queria muito que isso acabasse. Já pensei em mudar de país, morar em outro lugar, em viver enclausurada.”, esclarece.
Ela pede ao referido homem que pare com isso. “Não tenho como viver dessa forma. Não sei mais o que fazer! Algumas pessoas já chegaram a falar que viram ele de madrugada, sentado aqui na porta de minha casa. A única coisa que quero é só paz, poder ir e vir! Fazer o meu trabalho da forma que sempre desejei e sonhei! Só espero que isso acabe e não aguento isso mais, de verdade!”, conclui.
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