A Comissão de Saúde da Câmara reuniu representantes de vários departamentos da prefeitura para debater ações de combate ao avanço dos números de casos de dengue na cidade. O presidente da Comissão, vereador Gilson Liboreiro (PHS) foi quem solicitou e dirigiu os trabalhos durante a sessão, nesta segunda-feira (09).
Até agora já foram notificados 1.255 casos da doença com 274 resultados positivos para dengue. O bairro Boa Vista, com 71, é o maior em número de casos seguido pelo Nossa Senhora das Graças que já contabilizou 66 confirmações. No Cidade de Deus já foram registrados 49 casos. Nessas regiões o município estuda a possibilidade de um mutirão de limpeza na tentativa de eliminar os criatórios do mosquito transmissor da doença.
Para que a ação surta algum efeito o envolvimento da comunidade é essencial. A superintendente de vigilância epidemiológica, Sueli Lacerda, entende que “a população precisa se apoderar de que é responsabilidade ela. Ano passado tivemos óbitos e se não tomarmos atitude não conseguiremos eliminar. Sozinhos não conseguimos controlar o vetor. É preciso uma educação contínua e maciça”.
Para que a conscientização aconteça, Sueli antecipou que, em breve, a prefeitura vai divulgar uma campanha publicitária alertando sobre os perigos da dengue. Nesse sentido, Gilson Liboreiro endossa que “se a população não fizer a parte dela fica quase impossível”. O vereador questionou se “falta alguma coisa” para que o município possa avançar no combate à doença.
A superintendente acredita que é necessário mudar a forma de atuação. “A gente trabalha de acordo com os protocolos do Ministério da Saúde. A gente precisa de mudar a visão de trabalho para controlar melhor a questão das áreas afetadas. Estamos dentro dos padrões com relação a mão de obra. Não é isso (aumentar pessoal) que vai resolver o problema, é mudança na forma de trabalho”, entende. E para mudar a forma de trabalho a secretaria atua em um projeto piloto com armadilhas ovitrampa.
Durante a sessão foram abordados outros assuntos como o Coronavírus que já colocou quatro pessoas da cidade na condição de suspeita. A secretaria municipal de Saúde acompanha os pacientes que apresentaram os sintomas da doença e afirma que não há motivo para preocupação. “As pessoas suspeitas estiveram no exterior ou tiveram contato com alguém que saiu do país. Então, é manter as medidas de higiene e não é necessário alarde”, completa Sueli.
As principais medidas são lavar as mãos com água e sabão frequentemente, em especial após tossir, espirrar, ir ao banheiro e mexer com animais. Ter um frasco de álcool gel na bolsa também é indicado. O combate a proliferação do caramujo africano e casos de aparecimento de escorpiões também foram esclarecidos pelos presentes.
Gilson Liboreiro fez um balanço bastante positivo da sessão e disse que o trabalho vai além do que ouvir o Executivo sobre os números de casos. “A reunião serve também para cobrar do município ações para minimizar os problemas questionados por esta Comissão”, afirma.
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