O sindicato dos Servidores da Prefeitura de Belo Horizonte (Sindibel) denuncia que falta equipamentos de proteção aos profissionais da saúde, principalmente máscaras, e pede que a PBH reavalie a condição de trabalho dos servidores que são do grupo de risco e que trabalham na linha de frente de atendimento a pessoas com coronavírus.
Segundo Bruno Pedralta, alguns trabalhadores estão recebendo uma máscara por plantão ou uma máscara a cada 6 horas e não como o exigido pelas normas de saúde e segurança do trabalho, pela Organização Mundial da Saúde e pela Anvisa. Pedralta diz ainda que a informação que tem é que os estoques da prefeitura estão críticos em função de toda situação que estamos vivendo e que o órgão aguarda o apoio do Ministério da Saúde.
"Isso naturalmente coloca as pessoas que têm uma chance maior de complicações, com eventual infecção do vírus, em situação de vulnerabilidade", diz.
Em nota, a PBH informa que está publicado no Diário Oficial do Município do dia 20 de março uma portaria que regulamenta a prestação dos serviços na Secretaria Municipal de Saúde e as medidas temporárias de prevenção ao contágio pelo Novo Coronavírus (COVID-19).
“Dentre as medidas de prevenção ao contágio, os profissionais com idade superior à 60 (sessenta) anos, as gestantes e os comprovadamente imunossuprimidos foram afastados do trabalho presencial, realizando suas atividades por meio do teletrabalho. Todos os profissionais são orientados a, caso apresentem sintomas de doenças respiratórias, comunicar à chefia imediata e ser afastado das atividades, de forma preventiva”.
Com relação à falta de máscaras, a Secretaria Municipal de Saúde ressalta que está fazendo uso racional destes insumos e, somente os profissionais que mantém contato direto com os pacientes com sintomas de doenças respiratórias, como médicos e enfermeiros, fazem uso da máscara N95.
Profissionais que realizam o atendimento da linha de frente nos Centros Especializados, UPAs e Centros de Saúde, como triagem, recepção administrativo responsável pelas fichas e enfermeiros que se encontram na classificação, fazem uso das máscaras cirúrgicas. Os profissionais do Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica, como fisioterapeutas e nutricionistas, foram direcionados para retaguarda, para auxiliarem na notificação e monitoramento telefônico dos casos. Como não têm contato direto com paciente, não há indicação de uso da máscara.
“Todos os profissionais são orientados sobre a utilização correta dos equipamentos de proteção individual e, além disso, a Gerência de Assistência Farmacêutica está monitorando o consumo de medicamentos e insumos demandados para o COVID19”, diz a nota.
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