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Saúde Coronavírus

Caminhar ou pedalar em praças não é seguro, afirma infectologista

Segundo Carlos Starling, estudo recente prova que, nestes casos, distância mínima entre as pessoas teria que ser de 10 metros

10/04/2020 às 09h02
Por: Redação Fonte: OTempo
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BH registrou inúmeros pontos de aglomeração no fim de semana, sendo um deles a orla da lagoa da Pampulha - Foto: Alexandre Mota
BH registrou inúmeros pontos de aglomeração no fim de semana, sendo um deles a orla da lagoa da Pampulha - Foto: Alexandre Mota

Pelo menos 2.000 internações deixaram de acontecer e 60 vidas foram salvas em Belo Horizonte devido às medidas de isolamento social decretadas pela prefeitura da capital desde o início da pandemia do novo coronavírus no Brasil. A informação foi divulgada pelo infectologista Carlos Starling, na tarde desta quinta-feira (9). 

"Que isso fique muito claro para todos vocês. Essa é a amostra que nós temos e nós queremos chegar no final dessa epidemia com o mínimo possível de mortes, mas para nisso temos que ter muito disciplina e manter-se em isolamento social", destacou o especialista.

 

Corrida e ciclismo em praças 

Starling fez um alerta aos que insistem em usar praças e outros espaços públicos para praticar atividades físicas ao ar livre. Segundo ele, estudos recentes feitos no exterior provam que correr ou pedalar, mesmo que mantendo uma distância de 2 m entre as pessoas, não evita o contágio do novo coronavírus.

"O que nós estamos vendo aí é uma pressão das pessoas querendo usar as praças e espaços públicos para correr ou pedalar, mas tem trabalho científico já sobre isto mostrando que, pessoas correndo ou pedalando, mesmo se elas ficam a uma distância de 2 m entre si, não é seguro, não é suficiente", disse o infectologista.

"Quem estiver na frente, vai oferecer risco para quem vem atrás. Esse estudo mostrou que, para não respirar o que a outra está respirando, ela tem que ficar de 10 m a 20 m para trás. Isso é impossível em qualquer praça,  em qualquer espaço urbano de Belo Horizonte", alerta Starling.

Pico da doença em BH

Sobre a estimativa do pico de casos da Covid-19 em BH, segundo Starling, as projeções atuais da prefeitura apontam que ele seja alcançado entre os dias 5 a 21 de maio. 

"Nossa sugestão foi que não houvesse uma data específica, porque isso gera uma expectativa n população que, eventualmente, não se cumpre. Em epidemias, nos baseamos em dados epidemiológicos, e temos que acompanhar esses dados a medida em que as intervenções vão sendo feitas em função da informação epidemiológica. Então, na prática, não podemos estabelecer dia X ou Y para poder relaxar com medida restritiva, nem nada", explica Starling.

Ocuopação nos leitos do SUS já está em 80%

De acordo com o secretário municipal de saúde, Jackson Machado, apesar de ainda estar longe do pico projetado da epidemia, 80% dos cerca de 6.000 leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) disponíveis hoje em BH já estão ocupados hoje.

"Atualmente, no sistema público de saúde, a cidade tem hoje 21 pacientes internados em UTIs, além de outros 126 aguardando vagas de intermação em enfermarias", informou o secretário. Segundo Machado, a capital dispõe de 570 leitos de CTI no SUS e outras 136 foram criados desde o começo da pandemia do novo coronavírus. 

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