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Polícia Homicídio

Pai é assassinado ao interromper estupro da filha de 6 anos

Militares do 14º batalhão, de Ipatinga, prenderam o suspeito

22/06/2020 às 16h03
Por: Redação Fonte: Bhaz
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Reprodução/StreetView
Reprodução/StreetView

Um homem de 32 anos foi assassinado dentro da residência em Ipatinga, no Vale do Aço, ao interromper um estupro contra a própria filha, de 6 anos. O caso ocorreu na madrugada desse domingo (21) e o autor dos crimes, um jovem de 20 anos, foi detido pela Polícia Militar. Ele confessou ter invadido a residência e assassinado o pai da criança.

A mãe da menina contou aos militares que ela e o marido foram acordados pelos latidos do cachorro, no meio da madrugada. Preocupado, o homem decidiu conferir como estava a filha, de 6 anos, e se deparou com o criminoso ao chegar no quarto dela. Os dois, então, iniciaram uma troca de agressões e o rapaz deu um tiro no dono da casa.

Mesmo baleado, a vítima ainda tentou impedir que o autor fugisse, mas, mesmo com a ajuda da esposa, o casal não teve sucesso. O jovem conseguiu pular a janela pela qual tinha invadido a casa e fugiu. Na sequência, a Polícia Militar foi acionada.

Menina nua

Assim que os militares chegaram ao apartamento, se depararam com o homem sangrando bastante, caído no quarto da filha dele. Ele foi atingido nas costas, mas o projétil saiu pelo abdome. A vítima chegou a ser levada ao hospital Márcio Cunha, mas morreu morreu pouco após dar entrada.

Os policiais apuraram que o autor, ao invadir o quarto da menina, a segurou pelo pescoço e tirou sua roupa. O crime sexual foi interrompido justamente pelo pai da vítima, que entrou no cômodo e interveio o ato. Durante as diligências, os militares descobriram que o criminoso tinha arrombado a janela de outro apartamento, mas, o imóvel estava vazio, invadiu a residência do casal e da menina.

Câmeras de segurança da região flagraram o rapaz fugindo após atirar no homem: ele vestia uma bermuda escura, uma blusa de moletom com capuz azul, além de segurar uma camisa branca e um objeto que aparentava ser um revólver. O autor usou uma bicicleta para fugir.

Prisão

Após levantamentos, os policiais encontraram a moradia do rapaz no bairro Planalto. A mãe dele disse aos militares que o filho tinha passado a madrugada fora e chegado em casa já ao amanhecer. Os policiais foram autorizados a entrar na moradia e encontraram o rapaz dormindo.

Em um primeiro momento, ele admitiu o crime, apesar de dizer que não tinha cometido estupro. Na sequência, no entanto, passou a negar ter invadido a casa ou mesmo atirado em alguém. Mas os militares mostraram as filmagens, nas quais o rapaz foi reconhecido pela própria mãe – e, enfim, resolveu admitir os delitos.

Ele argumentou, no entanto, que encontrou a menina nua ao invadir o quarto. E ainda disse ter jogado a arma que matou o pai dela em uma lagoa no bairro Planalto, próximo ao campo de futebol. O rapaz foi detido pelos militares por homicídio e estupro.

Segundo a Polícia Militar, o rapaz foi identificado por outra vítima, de crimes ocorridos na última quarta-feira (17) no bairro Veneza, em Ipatinga. Na ocasião, o suspeito teria cometido importunação sexual e furto.

Crime sexual

O crime de estupro é previsto no art. 213, e consiste em “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso”. Mesmo que não exista a conjunção carnal, o criminoso pode ser condenado a uma pena de reclusão de 6 a 10 anos.

O art. 217A prevê o crime de estupro de vulnerável, configurado quando a vítima tem menos de 14 anos ou, “por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência”. A pena varia de 8 a 15 anos.

Já o crime de importunação sexual, que se tornou lei em 2018, é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua anuência. O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô. Antes, isso era considerado apenas uma contravenção penal, com pena de multa. Agora, quem praticá-lo poderá pegar de 1 a 5 anos de prisão.

 

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