O estoque de sedativos para intubar pacientes graves da Covid-19 em Minas é suficiente apenas para mais duas semanas. A informação foi dada pelo governador Romeu Zema (Novo) em entrevista à Radio Itatiaia. Conforme o chefe do Executivo, o Estado corre o risco de desabastecimento, caso a situação não seja normalizada nos próximos dias.
"Hoje, o problema que mais nos preocupa é a falta de sedativo. Nós ainda temos sedativos, mas um estoque pequeno, tipo para 15 dias, enquanto o correto seria ter um estoque para 45 dias ou mais", detalhou Zema, na manhã desta sexta-feira (17).
O aumento do preço dos medicamentos é apontado como um dos principais motivos para a situação. Segundo o governador, remédios que antes da pandemia eram comprados por R$ 100, agora custam até R$ 400. A alta, destacou ele, deve ser fiscalizada.
"Estamos trabalhando junto com o Ministério Público, porque os preços foram majorados em muito. E nos não queremos comprar nada acima do valor que estava há dois, três meses atrás sem ter uma prévia anuência do Ministério Público, para não sermos questionados amanhã. Houve aumentos que nos incomodam muito, da ordem de 100%, 200% e 300%", explicou.
Zema ainda frisou que o Estado tem se esforçado para regularizar a situação e impedir que os pacientes sejam prejudicados. "Hoje, não (tem risco de desabastecimento). Mas se nós não recebermos nos próximos dias, pode começar a ter esse risco", lamentou.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) foi procurada, mas ainda não se manifestou. Levantamento do órgão, desta sexta-feira, revela que desde o início da pandemia, em março, 10.301 vítimas da Covid-19 precisaram de internação hospitalar. Atualmente, Minas tem 87.271 mil casos confirmados e 1.904 mortes pelo novo coronavírus.
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