Cerca de mil trabalhadores de transporte escolar estão concentrados no entorno da Esplanada do Mineirão, na Pampulha, em protesto ao governo do Estado. Os motoristas cobram do governo o pagamento de renda emergencial, que já foi aprovado na Assembleia e sancionado pelo governador Romeu Zema.
Segundo o presidente do sindicato que representa os trabalhadores, Carlos Eduardo Campos, os motoristas farão uma carreata até a Cidade Administrativa. Ainda de acordo com Campos, os motoristas já estão há cerca de cinco meses sem renda.
"As famílias estão há mais de cinco meses sem renda alguma e provavelmente as atividades não devem retornar esse ano, o que agrava ainda mais a situação. Muitos fizeram empréstimos e os bancos já estão pressionando, entrando por licitações de busca e apreensão. Os transportadores estão correndo sério risco de perder sua única fonte de sustento, que é o seu veículo escolar", explica.
Sem voz
O presidente do sindicato, Carlos Eduardo Campos, conta que os transportadores querem voz na discussão sobre os protocolos de retomada das aulas presenciais.
"Nem o governo estadual, as prefeituras e nem o sindicato das escolas nos convidou para participar desse processo. Queremos que as autoridades conversem conosco, porque nós temos o conhecimento e a experiência nas ações ligadas ao transporte escolar. É muito importante que a nossa experiência seja compartilhada para que os protocolos de fato funcionam", afirma.
Em nota, o governo de Minas informou que a lei publicada no Diário Oficial autoriza que o Estado busque alternativas para viabilizar auxílio a trabalhadores do transporte escolar.
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