Minas Gerais deve anunciar hoje a instalação de uma fábrica da Heineken no Estado. Embora não confirme, por acordo de confidencialidade, o secretário-adjunto de Desenvolvimento, Fernando Passalio, adiantou que se trata de uma empresa global do setor de bebidas, que investirá R$ 1,8 bilhão na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e gerará centenas de empregos.
No entanto, fontes próximas às negociações confirmam que se trata da cervejaria holandesa, cuja planta industrial será construída entre os municípios de Matozinhos e Pedro Leopoldo e deverá incluir linhas produtivas de vasilhames. A informação foi antecipada com exclusividade pelo DIÁRIO DO COMÉRCIO em fevereiro.
Com o aporte, o Estado passa a abrigar fábricas de grandes marcas com operações no Brasil, como Ambev e Grupo Petrópolis. Uma das maiores cervejarias em operação no País, a multinacional anunciou em outubro passado que o País se tornou o maior mercado consumidor da marca no mundo e que para atender a crescente demanda investiria nos ativos brasileiros.
Ao todo, o Grupo Heineken conta com 15 unidades produtivas em território brasileiro, sendo 12 cervejarias. Além disso, são 29 Centros de Distribuição (CDs) no País, sendo dois em Minas Gerais: Contagem (RMBH) e Poços de Caldas (Sul).
No ano passado, durante a divulgação do balanço de aportes atraídos para o Estado, o governo estadual chegou a falar que estava em negociação com uma cervejaria e que o investimento completaria o hall de grandes marcas de cerveja em Minas Gerais. Meses depois, o DIÁRIO DO COMÉRCIO apurou que a fábrica seria da Heineken.
Desta vez, também durante a apresentação de ações e estratégias da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), o secretário-adjunto de Desenvolvimento afirmou que se trata de uma empresa global e destacou o volume de inversões atraído durante a gestão do governador Romeu Zema (Novo).
“Durante muitos anos, a mineração deu o tom dos investimentos privados no Estado, já que formava o core business de Minas Gerais. Mas, dos R$ 87,7 bilhões atraídos entre 2019 e 2020, aproximadamente R$ 28 bilhões foram destinados ao setor, R$ 24 bilhões a áreas diversas, como alimentos e bebidas, agroindústria e indústria de transformação, e quase R$ 36 bilhões em energia solar”, detalhou.
Cenário desafiador – Sobre o desenrolar de 2020, o secretário-adjunto afirmou que, mesmo diante do cenário desafiador causado pela pandemia de Covid-19, o Estado cumpriu as metas e mitigou parte dos efeitos econômicos da crise sanitária.
Segundo ele, além de planejar ações para o enfrentamento à pandemia no campo econômico, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede) focou em projetos para atração de investimentos e tirou do papel protocolos de intenções que tiveram como resultado inversões da ordem de R$ 32 bilhões apenas neste exercício, superando o valor inicialmente esperado, de R$ 30 bilhões.
“Minas atuou de forma responsável, agindo em diversas frentes para geração de emprego e renda. Parte do sucesso dos números de atração de investimentos é o diálogo que temos com os empresários. Mas mais importante do que assinar protocolos é fazer com que eles virem realidade. E no Estado, 47% têm se transformado em canteiros de obras e empregos gerados”, completou.
Passalio falou ainda de outras frentes de atuação, como o Programa Minas Consciente, cujo objetivo é fornecer a retomada segura, responsável e gradual das atividades econômicas em Minas Gerais, que se encontra na segunda fase. Neste momento, com diálogo ampliado em reuniões constantes com setor produtivo.

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