Os caminhoneiros Autônomos de Caçamba/Basculante estão em movimento de paralisação na região metropolitana de Belo Horizonte e também de Sete Lagoas. O transporte de minério está parado desde às 0 horas desta segunda-feira (22 de fevereiro) e o de ferro-gusa há dois dias.
O Site Mega Cidade conversou com o carreteiro autônomo Orlando José Alves, que transporta minério e gusa. Ele falou sobre o movimento. Segundo Orlando, a reivindicação é de reajuste do frete de 30% do custo do diesel que teve aumento no preço e 70% para os demais custos adicionais da carreta.
De acordo com o carreteiro, há anos, o reajuste do frete não tem chegado até o trabalhador autônomo. “Puxamos minério e ferro-guza nas regiões de Sete Lagoas, Belo Horizonte, Brumadinho, Sarzedo, sendo que todos esses materiais tiveram aumento nos nesses últimos dois anos e nenhum valor de aumento foi repassado ao caminhoneiro”, explica Orlando.
Ele ressalta que hoje o caminhoneiro encontra-se em situação difícil de caminhão em condições de para rodar em todas as situações: pneu, motor e manutenção em geral. “Está quase impossível rodar! A gente está trabalhando praticamente em troca do óleo diesel, o qual teve um novo reajuste.”, enfatiza Orlando.
Então devido todas essas situações, segundo o carreteiro, o pessoal da região metropolitana de Belo Horizonte, Igarapé, Brumadinho, Sarzedo e Sete Lagoas, ligados diretamente a siderúrgicas, resolveu mobilizar para fazer essa greve, visando uma melhoria no valor do frete.
Busca de acordo
Quando houver um acordo previamente apreciado pelos colegas, segundo Orlando Alves, aí sim os veículos serão colocados para rodar novamente.
Ele explica que atualmente o trabalhador é terceirizado na transportadora que recebe da mineração e por sua vez, repassa o frete para o autônomo.
Orlando acredita que em torno de 300 caminhoneiros estão paralisados na região de Sete Lagoas, sendo que nesta quinta-feira (25), a categoria está manifestando em frente à MULTILIFT - Terminal Rodoferroviário, que liga Sete Lagoas a Prudente de Morais. “Está tudo praticamente parado, exceto o transporte de madeira!”, exclama o carreteiro.
O Site Mega Cidade entrou em contato com a MULTILIFT Logística Ltda e deixou o espaço aberto, caso a mesma queira manifestar sobre a greve.
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