Mais um caso de importunação sexual foi registrado dentro de um coletivo do Move, na manhã desta quinta-feira (15), no Centro de Belo Horizonte. Desta vez, uma jovem de 26 anos que estava a caminho do trabalho foi a vítima. O suspeito, também de 26, alegou que pegava a marmita que havia caído e acabou esbarrando na perna da moça. Ele foi preso.
O sargento Ronaldo Aquino conversou com a reportagem e contou detalhes do caso. “Vítima e autor pegaram o coletivo em Ribeirão das Neves, na Grande BH, e estavam sentados juntos. A garota veio a cochilar, durante o trajeto, e acordou, segundo ela, com o rapaz passando a mão na perna esquerda dela, próximo ao órgão genital”, disse.
O caso aconteceu no ônibus da linha 520C (Terminal Justinópolis / Belo Horizonte). A vítima, conforme informou o militar, acordou assustada diante do que acontecia. “Ela gritou pedindo socorro ao motorista e demais passageiros. O condutor parou o coletivo entre a rua Paraná com Carijós e nós atendemos a ocorrência”.
O suspeito, assim como a vítima, estava indo ao trabalho e contou a versão sobre o ocorrido. “Ele disse que havia colocado a marmita por baixo da blusa e também acabou cochilando. Isso fez com que a vasilha caísse. Segundo ele, quando foi pegar, acabou esbarrando na jovem, mas disse que não teve o intuito de passar a mão nela”.
O técnico de refrigeração não tinha passagem pela polícia e acabou sendo preso. A ocorrência foi encerrada na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher.
O crime de importunação sexual se tornou lei em 2018 e é caracterizado pela realização de ato libidinoso na presença de alguém e sem sua anuência. O caso mais comum é o assédio sofrido por mulheres em meios de transporte coletivo, como ônibus e metrô. Antes, isso era considerado apenas uma contravenção penal, com pena de multa. Agora, quem praticá-lo poderá pegar de um a 5 anos de prisão.
“A jovem chorava muito e estava bastante assustada pela importunação sexual sofrida”, completou o sargento Aquino.
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