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Polícia JABOTICATUBAS

Bebê tem 16 costelas e fêmur quebrados e pais delas são suspeitos pelo crime

Criança tinha um ano quando foi levada ao hospital com o fêmur quebrado e aos quatro anos apresentou 16 fraturas nas costelas. Pai é suspeito da agressão e mãe de omissão

13/05/2021 às 14h04
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com O Tempo
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Dezesseis costelas e o fêmur quebrado. Esses foram os resultados das agressões sofridas por uma bebê de apenas quatro meses em Jaboticatubas, na região metropolitana de Belo Horizonte. Os suspeitos dos crimes são os pais dela, um homem de 21 anos e a mãe de 22 anos. Os dois foram indiciados pela Polícia Civil e o caso foi apresentado nesta quinta-feira (13).

O delegado titular da Delegacia de Polícia Civil de Jaboticatubas, Victor de Mattos, contou que o caso começou a ser investigado após a criança ser levada para o hospital por ter quebrado um fêmur. Ela tinha apenas um mês de vida na época. 

“A gente sabe que o fêmur é um osso extremamente forte e resistente e isso chamou a atenção dos médicos. Ela permaneceu um tempo internada para tratar a fratura. O Conselho Tutelar foi acionado e começou a fazer visitar periódicas a família depois que a criança teve alta. Em um desses encontros desavisados, os conselheiros tutelares do município encontraram a criança, então com quatro meses, com febre alta e chorando muito e encaminharam a menina para o hospital”, conta o delegado. 

A vítima foi atendida inicialmente na Fundação Hospitalar de Jaboticatubas, mas precisou ser transferida para o Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. A menina passou um mês internada, sendo uma semana na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). 

“Chamou muito atenção por que três meses após ela quebrar o fêmur, a criança foi encontrada nessa situação insalubre. Os conselheiros acionaram o Ministério Público, que repassou para a Polícia Civil o caso”, ressalta o delegado.  As investigações foram abertas em março deste ano e fez uma série de diligências e concluiu que os pais da bebê estavam torturando a menina. O hospital foi oficializado para passar o prontuário médico à Polícia Civil. 

“Foi feita uma perícia indireta a partir do prontuário médico concluindo que a criança de quatro meses de idade, para além de ter uma fratura do fêmur já confirmada, tinha 10 costelas a esquerda fraturadas e seis costelas a direita também fraturadas, essas eram lesões mais recentes. O fato de você ter 16 costelas quebradas em períodos distintos, mostra que isso não era um acidente como foi a versão narrada pelos pais, que disseram que a criança teria caído. Essas versões dos pais são fantasiosas, elas foram combatidas pelos elementos produzidos no inquérito, inclusive elementos objetivos a partir da perícia médica. O perito diz expressamente que essas lesões foram causadas por meio de um trauma de alto impacto”, elucidou Mattos.

Os pais ainda não estão presos. Eles disseram que a criança teria caído da banheira quando tomava banho e que a mãe, acidentalmente, teria sentado em cima dela. A Polícia disse que a versão não condiz com a perícia que indica que o trauma é de alto impacto e foi feito de forma cruel, o que não pode ser uma apenas uma queda.  “Concluímos que os pais dessa criança, de 21 e 22 anos, estavam efetivamente torturando-a. Então, não eram casos de puras agressões. Era um caso de verdadeira tortura”, enfatiza o delegado. 

Após diligências e produção de provas subjetivas, a Polícia Civil indiciou o pai da criança, que é pedreiro, por tortura castigo e com qualificadora que aumenta a pena por ter gerado lesão corporal de natureza grave com risco de vida e ainda a pena pode ser aumentada por ter sido praticada contra uma criança. A mãe, que é dona de casa, foi indiciada por tortura por omissão, já que foi concluído que ela não praticou os atos de agressão, mas também não agiu para impedir ou comunicar os fatos as autoridades.

Segundo a polícia embora não haja testemunhas e os pais neguem o fato, as apurações indicaram que o homem agredia a bebê e a mãe apesar de não agredir, também nunca revelou os fatos. O delegado esclareceu que a forma como se chegou a essa conclusão não pode ser divulgada para não atrapalhar essas e outras investigações. 

O caso foi encaminhado à Justiça. O casal indiciado não tinha passagens pela polícia, são réus primário, mas o homem é usuário de drogas. O tempo de prisão que eles vão pegar vai depender muito das penas para as qualificadoras. A criança foi encaminhada para a adoção. 

“Nós acreditamos que hoje, com 11 meses, ela será adotada e terá um recomeço, para que no âmbito de uma família substituta ela possa ser amada, aproveitar a convivência familiar longe desse ambiente trágico em que ela estava inserida”, concluiu o delegado. 

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