Uma mulher atentou contra a vida de seu amásio, na noite desta segunda-feira (2), no Beco Ipanema, bairro Brejinho. De acordo com a Polícia Militar, uma solicitação ao SAMU relatava uma ocorrência de homicídio no endereço supracitado.
No local, a guarnição deparou-se com J.A.S., 55 anos, caído ao solo na cozinha da casa sendo atendido pela equipe do SAMU USB 72, sob comando da técnica de enfermagem Cristiane. Foi percebido que J.
Estava desorientado e com uma perfuração no abdômen da qual advinha intenso sangramento. Devido ao estado saúde de J. a equipe do SAMU, rapidamente procedeu os primeiros socorros e o encaminhou ao Hospital Municipal de Sete Lagoas onde foi atendido e permaneceu internado, a fim de ser submetido a cirurgia.
Em contato com a sra. V.F.D., 59, autora das agressões, ela foi cientificada de todos seus direitos constitucionais, entre os quais o de não produzir provas contra si.
Em seus relatos, V. disse que, na parte da manhã, na presente data, estava na residência em que mora junto ao amásio, J., momento que ele passou a agredi-la com socos na região da cabeça, após as agressões, V. relata que foi obrigada por ele a sair da residência.
Já na parte da tarde, ao retornar para a casa em que convive com ela, narra que ele continuou a agredi-la com socos na região cabeça, além de utilizar uma colher de madeira com a qual também passou a agredi-la, vindo o objeto a quebrar, devido aos golpes desferidos contra ela.
Em dado momento V. relata que conseguiu desvencilhar-se de J. e correr para a cozinha da residência, momento em que tentou esconder-se debaixo das pernas de J. para evitar as agressões. Nesse instante V. relata que apossou se de uma faca que estava no interior do armário e para se defender, golpeou o amásio na região do abdômen vindo ele a cair ao solo.
Ato contínuo V. relata que ela mesma acionou a equipe do SAMU, uma vez que J. estava com intenso sangramento e caído ao solo. V. queixou-se de dores no braço direito, além de apresentar hematoma no pescoço e lesão no lábio superior, dessa forma, ela foi encaminhada ao Hospital Municipal, onde foi atendida.
Ressalta se que, em consulta ao sistema Reds, foi constatado que V. fora agredida outras vezes por J. Em contato com a equipe de patrulhamento de prevenção à violência doméstica, foi constatado que no ano de 2020, a mencionada equipe ofertou à sra. V. o serviço de acompanhamento (assistência e orientação), todavia, ela disse não ser necessário, uma vez que já possuía medida protetiva de urgência. V. também apresentou medida protetiva de urgência de 04/12/2019, portanto vencida.
Compareceu ao local da ocorrência a advogada que acompanhou V. do hospital (onde conversou reservadamente com sua cliente) até o encerramento do registro na Delegacia.
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