Os motoristas de ônibus fretados fazem um protesto em frente a Cidade Administrativa, no bairro Serra Verde, região Norte de Belo Horizonte, na MG-010. Pelo menos 100 veículos estão estacionados nas marginais da via para a manifestação, na manhã desta quarta-feira (15).
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, os motoristas querem que Zema vete um Projeto de Lei (PL) que visa acabar com as viagens de ônibus por aplicativo. Eles escreveram faixas e pregaram nos ônibus pedindo para o governador Romeu Zema vetar o projeto e deixar com que eles trabalhassem.
O PL que motivou a manifestação foi aprovado em 31 de agosto deste ano e seguiu para avaliação do governador. O autor do projeto é o deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT). O texto determina que o mesmo grupo de pessoas têm que realizar a viagem de ida e a de volta, no mesmo ônibus e retornando exatamente ao local em que a viagem começou. A lista de passageiros deve ser enviada com seis horas de antecedência ao Departamento de Estradas de Rodagens (DER).
O fretador Peter Mangabeira que participa do protesto nesta quarta-feira afirma que os deputados que votaram a favor do projeto estão “matando o turismo mineiro”. “Nós não temos como trabalhar com essa lei, iremos todos para ilegalidade se for desse jeito, porque ela só beneficia as grandes empresas do setor”, protesta.
Nos cálculos dos trabalhadores, a nova regra levará à extinção mais de 50 mil empregos de pequenos e médios trabalhadores que vivem do fretamento. A projeção da categoria é de sejam impactados o funcionamento de 8 mil ônibus e cerca de 2 mil empresas do setor do turismo.
“O impacto desse projeto é muito forte, porque impede as empresas de praticamente de trabalhar. As pessoas tem conta para pagar. As empresas sempre trabalharam na legalidade e agora muitas podem ir pra ilegalidade. Com um projeto desse ninguém aguenta”, disse Peter.
A expectativa é de que durante a carreata até a ALMG, os motoristas de ônibus fretados façam um buzinaço para chamar a atenção da população no caminho.
“Ainda não sabemos como vai ser quando chegarmos na Assembleia, vai depender do impacto. Mas provavelmente nós vamos passar e depois seguir. Nosso objetivo não é atrapalhar o trânsito da cidade, mas é mostrar para as pessoas que estamos sofrendo com esse projeto”, pontuou o fretador.
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