Em meio a muita especulação, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) se pronunciou nesta terça-feira (25) e afastou os boatos sobre um possível lockdown em Belo Horizonte. Mesmo com a alta ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e enfermaria, Kalil garante que o comércio continua aberto na capital.
“Não haverá fechamento da cidade amanhã, mas a pandemia ainda não acabou. No mais, é especulação”, afirmou o gestor por meio de publicação feita há pouco no Twitter. A preocupação com um possível novo fechamento veio após o avanço da variante ômicron piorar o cenário da pandemia na capital.
Não haverá fechamento da cidade amanhã, mas a pandemia ainda não acabou. No mais, é especulação.
— Alexandre Kalil (@alexandrekalil) January 25, 2022
Na tarde desta quarta-feira (26), o prefeito de BH vai conceder uma entrevista coletiva ao lado do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado Pinto, e dos infectologistas membros do Comitê de Enfrentamento à Covid de Belo Horizonte.
Mais detalhes sobre o encontro, que deve tratar sobre a situação da pandemia na capital, não foram divulgados pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte).
Entidades se posicionam
Ontem (24), diferentes entidades do comércio divulgaram um manifesto contra a restrição de atividades do setor. Os responsáveis se reuniram para discutir o assunto, após insinuações do secretário de Saúde de BH, Jackson Machado, de que medidas restritivas poderiam ser tomadas novamente (veja aqui).
O encontro contou com a participação de 17 entidades do comércio, na sede da CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte). A reivindicação é de que a PBH encontre formas de conter a nova onda do coronavírus sem prejudicar a atividade dos comércios, bares e restaurantes.
Para o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, uma nova restrição ao comércio pode levar ao colapso do setor. “Somos a cidade onde o comércio ficou mais tempo fechado ao longo de 2020 e 2021. O setor não suportará um novo fechamento ou redução do horário das atividades”, avalia.
A fala do secretário municipal da Saúde, que motivou o manifesto, aconteceu em coletiva na última sexta-feira (21). “Não queremos fechar nada. É a última coisa que queremos. Mas se continuar assim, o comitê vai ter que sugerir [restrições]”, disse.
Demanda por leitos preocupa
A ocupação de UTIs e enfermarias em Belo Horizonte segue no nível de alerta máximo. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado ontem (24) pela PBH, 91,3% dos leitos destinados a pacientes graves da Covid-19 estão ocupados.
Hoje, a prefeitura anunciou a abertura de 15 novas UTIs para garantir o atendimento à população. Desde o início do mês de janeiro, foram abertos 42 leitos para pacientes internados com Covid-19.
Também em alerta está a situação das enfermarias na capital. Os 897 leitos das redes pública e privada registraram 89,7% de ocupação nessa segunda-feira. Só no SUS (Sistema Único de Saúde), a porcentagem chega a 91,7%, ainda que a prefeitura tenha aberto novos 358 leitos só neste ano.
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