Dia 11 de janeiro de 2017. A Secretaria de Estado de Saúde divulga o primeiro da série de dezenas de boletins diários sobre a Febre Amarela em Minas Gerais e constata a notificação de 48 casos suspeitos da doença, sendo que desses 16 são casos prováveis, cujos pacientes apresentaram quadro clínico suspeito e exame laboratorial preliminar reagente. Em relação aos óbitos, foram notificados 14 óbitos suspeitos, dos quais 8 são considerados óbitos prováveis de febre amarela.
No dia seguinte, novos números preocupam autoridades e população. De 48, o número de casos notificados pula para 110. Trinta óbitos são notificados e deste grupo 10 são considerados óbitos prováveis de febre amarela. Essas mortes ocorreram nos municípios de Piedade de Caratinga (3), Ladainha (3), Ubaporanga (1), Ipanema (1), Itambacuri (1) e Malacacheta (1).
Janeiro termina, fevereiro não mostra realidade favorável. Pelo contrário. O boletim emitido pela Secretaria de Estado de Saúde, em 16 de fevereiro, revela: foram notificados 995 casos de Febre Amarela, 57 foram descartados e outros 216 são casos confirmados. Óbitos: 169 suspeitos. Confrmados, 76.
Mais recente boletim até o momento é o do dia 17 de fevereiro. Os casos notificados sobem para 1.012. Em relação aos óbitos, há 174 suspeitos. Desses, 78 foram confirmados.
O Informe traz atualização, ainda, das ações assistenciais de enfrentamento à Febre Amarela aos municípios das quatro regiões prioritárias para a doença - Teófilo Otoni, Governador Valadares, Coronel Fabriciano e Manhumirim, como a contratação de leitos extras, apoio nas ações de vacinação, disponibilização de medicamentos, entre outras ações.
Alerta – A Organização Mundial de Saúde (OMS) se manifesta a respeito da proliferação da febre amarela a partir do Brasil e admite que a doença pode se alastrar por outros países da América do Sul, como Colômbia e Peru, cujas matas nativas têm semelhança com os biomas brasileiros. Apesar disso, somente o Brasil registrou casos da Febre Amarela. De todos os estados do Brasil, Minas Gerais é o que tem o maior número de pessoas infectadas.
Saiba mais - De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, a Febre Amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por mosquitos, tanto em áreas urbanas e silvestres. Em áreas florestais, os principais vetores são os mosquitos Haemagogus e Sabethes. Para o enfrentamento da doença, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente a vacina por meio do Calendário Nacional de Vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (também conhecida como Posto de Saúde), principalmente para as pessoas que moram ou vão viajar em área rural, silvestre ou de mata.
Em Minas Gerais, o último caso humano autóctone (quando a doença é contraída dentro do estado) de Febre Amarela silvestre havia ocorrido em 2009, no município de Ubá, e evoluiu para cura. Porém, no início de 2017, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foi notificada sobre a ocorrência de casos suspeitos de febre hemorrágica a esclarecer em municípios das regiões de Teófilo Otoni, Coronel Fabriciano, Manhumirim e Governador Valadares, com a ocorrência de morte de primatas, conhecida como epizootia.
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