Começou na manhã desta quinta-feira (19), o julgamento do segurança Fabiano de Araújo Leite. O indiciado é suspeito de envolvimento na morte do fisiculturista Allan Pontelo na boate Hangar 677, em Belo Horizonte, em 2017.
Allan foi morto por asfixia mecânica, como aponta o laudo da necrópsia, provocada por ação truculenta de funcionários da casa de show. O pai da vítima, Dênio Luiz Pontelo, espera que o réu seja condenado para que “sirva de exemplo e que isso não se repita com outras famílias”.
“Quero que acabe essa dor que a gente fica carregando e nunca acaba. Eu preciso que essa jornada realmente se encerre para que eu possa seguir minha vida, criar meus outros filhos”, desabafa.
Fabiano Leite é julgado no 3º Tribunal do Júri de Belo Horizonte às 9h. Ao todo, foram ouvidas três testemunhas, de um total de sete. Outras três faltaram e uma foi dispensada de particiar. Defesa e acusação concordaram em seguir com os procedimentos, mesmo com a ausência das demais. O conselho de jurados é formado por 6 homens e uma mulher.
Conforme acusação do Ministério Público (MPMG), Fabiano Leite estava armado e foi utilizado como “força de reserva” ao lado de demais seguranças da casa. Eles teriam abordado o fisiculturista com violência após suspeitarem que ele estava com drogas no banheiro da boate.
Leite seria julgado em dezembro de 2021, mas o júri foi cancelado após o réu testar positivo para a Covid-19.
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