Se por um lado os boletins epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde mostram que nas últimas semanas o número de casos notificados e confirmados da doença entre a população não teve elevação significativa, por outro lado dois fatores são admitidos pela própria SES-MG: o crescimento da Febre Amarela silvestre e o alcance da doença em outras regiões que antes não apareciam no mapa epidemiológico.
Em 88 municípios há casos suspeitos de febre amarela silvestre. Deste total, em 46 deles há casos já confirmados. Caratinga, por exemplo, tem 159 casos notificados, dos quais 130 em investigação, 23 confirmados e 6 descartados. Ladainha, da região de Teófilo Otoni, tem 111 casos notificados da doença silvestre, 79 em investigação, 30 confirmados e apenas dois descartados.
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, dos 1063 casos notificados até o momento, 181 casos evoluíram para óbito, dos quais 99 foram confirmados para febre amarela. Entre os óbitos confirmados 87,8% foram do sexo masculino, com média de idade de 45 anos.
Outro fator alarmante é o número de municípios com epizootias confirmadas para febre amarela: 91. Belo Horizonte, Betim, Contagem e Juatuba tem confirmações da febre amarela em que o mosquito transmissor da doença picou macacos. Há mais casos em investigação, o que aumenta o rumor de que a doença silvestre pode aumentar ainda mais em várias regiões de Minas Gerais.
A vacinação é a única forma de evitar a febre amarela. O índice de eficácia é de praticamente 100%. Por outro lado, quem não se vacinou de acordo com a idade corre o risco de morte por uma doença altamente letal.
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