
A Justiça de Sete Lagoas decidirá, nas próximas semanas, se vai a júri popular o ex-policial civil Rodrigo César Barbosa Costa (52 anos), acusado de matar o ex-delegado Hudson Maldonado Gama (82 anos), no dia 22 de maio de 2024, em Sete Lagoas. O Ministério Público pede a condenação, que somadas, podem dar mais de 30 anos de prisão.
A audiência de instrução do caso aconteceu no último dia 17 de fevereiro. Se negando a responder as perguntas do juiz, advogados de acusação e instrução e a promotoria, Rodrigo confessou o crime. Para os seus defensores, o acusado relatou que não eram verdade os depoimentos feitos tanto após à sua prisão como para os investigadores após a detenção. Em uma outra versão, o ex-policial disse que entrou no quarto de Hudson, que não se manifestou e que quando ateou fogo à vítima, ele acreditava que o ex-delegado já estava morto.
A acusação diz que essa é uma “teoria absurda” criada pela defesa de Rodrigo César, já que quando a esposa de ex-delegado, Bruna Santana, saiu de casa deixando-o sob atenção da cuidadora, Hudson estava vivo. Segundo depoimento da funcionária, a vítima estava acordada quando o ex-policial adentrou ao quarto, dizendo para ele “Lembra de mim?”, e cometeu o crime. Ainda de acordo com a cuidadora, os gritos de Hudson foram ouvidos enquanto ela buscava ajuda dos vizinhos.
Para a promotora Clara Maria Hoehne Sepúlveda, a alegação da defesa de Rodrigo é uma forma de “reduzir a responsabilidade” do delito, e que ele deve ser levado a júri popular:
Nesse sentido, a investida do acusado de alterar, em juízo, suas declarações iniciais é totalmente descabida e indica que sua tentativa de reduzir sua responsabilidade é, nada mais, nada menos, do que uma estratégia para evitar as consequências criminais e outras que advêm da sua ação criminosa. Ademais, conforme se extrai de todo o contexto probatório, as evidências demonstram, de forma categórica, a autoria do acusado Rodrigo César Costa Barbosa no homicídio qualificado pelo motivo torpe, mediante meio cruel e perigo comum, consistente no emprego de fogo, utilizando-se de dissimulação e de outro recurso que impossibilitou a defesa da vítima Hudson Maldonado Gama.
Por todo exposto, tendo ficado comprovados os indícios suficientes de autoria por parte do acusado Rodrigo César Costa Barbosa, demonstrando que ele praticou o delito descrito na denúncia, o Órgão de Execução Ministerial entende que ele deve, portanto, ser levado a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri, que tem competência para julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
O Ministério Público pede a condenação de Rodrigo César Barbosa Costa por homicídio qualificado por motivo torpe, com emprego de fogo e modo que dificulte ou impossibilite a defesa, além do agravante da vítima ser maior de 60 anos. Somadas, as penas máximas poderão chegar a mais de 30 anos de prisão.
Sete Lagoas Homem é encontrado morto em lote vago em sete lagoas
Solidariedade Casal que selou matrimônio em hospital de Sete Lagoas precisa de ajuda urgente
Ensino superior UFSJ terá novo curso em Sete Lagoas Mín. 16° Máx. 29°


