Nesta quarta-feira, 9 de julho, o planeta Terra registrará o dia mais curto de 2025. A leve aceleração na rotação fará com que o planeta complete sua volta em torno do próprio eixo com 1,30 milissegundo a menos do que o habitual.
A diferença é quase imperceptível: enquanto um dia normal tem 86.400 segundos (24 horas), nesta data a rotação será ligeiramente mais rápida. Apesar de parecer algo incomum, esse tipo de variação não é raro e não causa impactos no cotidiano. Para efeito de comparação, um piscar de olhos dura cerca de 300 milissegundos, ou seja, bem mais do que o tempo “encurtado” no dia.
Outras datas ainda terão dias um pouco mais curtos neste ano, como 22 de julho e 5 de agosto, com reduções de até 1,51 milissegundos. As causas exatas dessas acelerações ainda não são totalmente compreendidas pelos cientistas, mas envolvem fenômenos naturais complexos, como movimentações do núcleo da Terra, oceanos e atmosfera.
Essas pequenas alterações são comuns na escala de décadas. A Terra, ao longo de sua história, já teve dias muito mais curtos — há bilhões de anos, um dia durava cerca de cinco horas. Ao contrário do que muitos pensam, o planeta está desacelerando a longo prazo, mas isso ocorre de forma irregular, com pequenas acelerações momentâneas.
Para manter os relógios em sincronia com a rotação da Terra, existe o chamado “segundo bissexto”, que pode ser adicionado ou retirado da contagem oficial do tempo. Desde a década de 1970, já foram somados 27 segundos ao tempo global. Se a tendência de dias mais curtos continuar, pode ser necessário, no futuro, retirar um segundo dos relógios — o chamado segundo bissexto negativo.
Mín. 11° Máx. 25°