Levar a música para todos os cantos da cidade tem sido a missão da Orquestra Jovem de Sete Lagoas. Desde o início do ano, a iniciativa ganhou um novo polo descentralizado no bairro Verde Vale, onde 60 crianças e adolescentes participam de aulas gratuitas de teoria musical e prática com flauta doce. O projeto é financiado pelo Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas e conta com o apoio do Serpaf.
As aulas acontecem na Escola Municipal Hilário Pereira Fonseca e já começam a render frutos. Manuela Lavigne Machado de Almeida, de 9 anos, nunca havia tido contato com um instrumento musical. A flauta doce é sua porta de entrada para o universo da música. “Eu toco em casa o que aprendi na aula e minha mãe acha o máximo”, conta animada. Para ela, a experiência tem sido enriquecedora: “Tá sendo muito bom.”
Ana Clara de Souza Castro, de 10 anos, começou na música com um pandeiro, mas se encantou com a flauta. “Estou gostando muito”, diz. Em poucos meses, já consegue tocar boa parte de Asa Branca, clássico de Luiz Gonzaga. “É a que mais gosto de tocar”, revela.
Além delas, outras crianças como Arthur Guedes e Maria Eduarda Porto participam de uma das quatro turmas formadas neste primeiro semestre. O resultado surpreende até os professores. “A gente vê que essas crianças só precisam de uma oportunidade para mostrar o seu talento”, afirma o maestro Ivison Maximo Barbosa, regente da Orquestra Jovem e responsável pelas aulas no novo polo.
A descentralização do projeto é um dos pilares da Associação Cultural de Orquestras – ORQUESTRA’ARTE, mantenedora da Orquestra Jovem. “Sempre tivemos esse pensamento, de levar a música para as comunidades mais afastadas do centro. Só com a descentralização vamos poder ter acesso verdadeiro à cultura”, ressalta Marcos Aurélio dos Santos, presidente da associação.
O polo Verde Vale se soma ao polo principal no bairro Santa Luzia — mantido com patrocínio do Grupo Multitécnica e Iveco Group via Lei Rouanet — e ao polo Cidade de Deus, financiado pela Prefeitura e com previsão de retomada ainda em setembro.
As aulas seguem até o fim do ano e serão encerradas com apresentações públicas e gratuitas. “Queremos mostrar esses talentos para todo mundo”, finaliza o maestro Barbosa.
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