
O estado de Minas Gerais ocupa o primeiro lugar no novo ranking da “Lista Suja” do trabalho escravo, divulgada pelo governo federal nesta segunda-feira (6). O documento, que reúne empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, incluiu 159 novos nomes em todo o país, sendo 33 deles mineiros — o maior número entre todas as unidades da federação.
A atualização representa um aumento de 20% em relação à lista anterior, publicada em abril. Em seguida aparecem São Paulo (19 nomes), Mato Grosso do Sul (13), Bahia (12) e Rio de Janeiro (8).
As atividades com mais casos registrados são a criação de bovinos para corte (20), serviços domésticos (15), cultivo de café (9), extração e britamento de pedras (9), construção civil (8) e produção de carvão vegetal (7). Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, aproximadamente 1.530 trabalhadores foram resgatados de situações de exploração entre 2020 e 2025.
Entre os nomes citados estão empresas terceirizadas de grandes corporações, como a MRJ Prestadora de Serviços, que trabalhava para a JBS Aves e foi alvo de uma operação federal no Rio Grande do Sul. Dez trabalhadores foram resgatados em condições degradantes. A JBS afirmou, em nota, que encerrou imediatamente o contrato e bloqueou a empresa após tomar conhecimento das denúncias.
Outro caso destacado é o da Yellow Stripe, prestadora de serviços da produtora T4F, responsável pelo Lollapalooza Brasil. Em 2023, cinco trabalhadores relataram que eram obrigados a dormir em colchonetes e papelão — situação considerada análoga à escravidão. Após a autuação, a T4F rescindiu o contrato com a terceirizada.
A lista também inclui pessoas físicas, como Thaliny Nascimento Andrade, conhecida como Paloma, e Francisco Félix de Lima, de 48 anos, suspeitos de aliciar mulheres para exploração sexual em cabarés na Terra Yanomami.
Além das inclusões, 184 nomes foram retirados do cadastro após cumprirem o período de dois anos de permanência.
Criada em 2004, a “Lista Suja” é um dos principais instrumentos de combate ao trabalho escravo no país. Desde então, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) já resgatou mais de 68 mil trabalhadores e garantiu mais de R$ 156 milhões em verbas salariais e rescisórias.
Foto: Ministério Público do Trabalho / Divulgação
Fonte: g1 Minas
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