Um urutau foi resgatado na manhã desta terça-feira (14) no bairro Jardim Panorama, em Sete Lagoas. O animal estava machucado e foi encaminhado para o veterinário.
O urutau é uma ave noturna e seu nome popular “urutau” vem do tupi, significando “ave fantasma”. Também é conhecida por diversos outros nomes regionais, como mãe-da-lua, urutau-comum, urutágua, urutágo, Kúa-kúa e Uruvati (este último usado entre povos indígenas de Mato Grosso).
No Brasil, o urutau pode ser observado localmente em diversas regiões, inclusive em áreas urbanas com árvores bem distribuídas. Sua distribuição vai desde a Costa Rica até países da América do Sul, abrangendo, por exemplo, Bolívia, Argentina e Uruguai.
O urutau tem hábitos adaptados à escuridão: repousa “camuflado” sobre galhos onde se assemelha a um galho morto e vocaliza à noite, capturando insetos enquanto voa. Sua plumagem pode apresentar-se em duas fases — cinza ou marrom — facilitando o disfarce contra o tronco das árvores. A espécie põe apenas um ovo em cavidades de tocos ou galhos baixos, com incubação de aproximadamente 33 dias, e o filhote permanece no ninho por cerca de sete semanas.
Segundo o WikiAves, o urutau está envolto em diversas lendas que atravessam gerações e regiões do Brasil. A mais popular delas narra que seu canto melancólico seria o choro de uma jovem indígena transformada em ave após perder o grande amor, dando origem ao apelido de “ave que chora”. Outras versões dizem que o urutau representa a alma de alguém que sofreu por amor ou vive em arrependimento, vagando pelas noites silenciosas da mata. De acordo com a tradição popular registrada no site, o som triste e misterioso emitido pela espécie reforça seu caráter lendário e o fascínio que desperta em quem o ouve sob a luz da lua.
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