
A Prefeitura de Belo Horizonte está ampliando e aperfeiçoando o Atendimento Educacional Especializado (AEE) na rede municipal de ensino. A iniciativa reforça o compromisso da Secretaria Municipal de Educação (Smed) com a inclusão e garante que o serviço chegue a todas as escolas e creches da capital, contemplando estudantes com deficiência, Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Altas Habilidades/Superdotação.
Com a reorganização implementada pela Smed, o AEE passou a ser ofertado diretamente nas unidades escolares, aproximando as equipes, fortalecendo o acompanhamento pedagógico e garantindo o atendimento no próprio ambiente em que o estudante aprende e convive. A descentralização também amplia o diálogo entre professores, famílias e profissionais de apoio, fortalecendo o trabalho em rede.
“A universalização do AEE é um processo contínuo, com investimentos em materiais, formações em comunicação alternativa e protocolos de prevenção a crises. É um projeto em processo, mas cada passo precisa ser valorizado no percurso da inclusão. Nossas escolas e creches estão alcançando resultados muito rápido”, afirma a secretária de Educação, Natália Araújo.
A mudança altera o cotidiano das escolas. Enzo Marques, de 11 anos, é autista. Ele está no 5º ano da Escola Municipal Padre Henrique Brandão, no Bairro Vista Alegre, região Oeste. Antes, a instituição não era uma das escolas-polo e o deslocamento dificultava a participação de Enzo no AEE. “Agora que o atendimento é na escola vai ser muito mais fácil”, comemora Geisa Marques, mãe do garoto.
A diretora da escola, Amanda Penido, explica que a família de Enzo participou de uma entrevista com a equipe do projeto Psicólogos e Assistentes Sociais na Educação (PAS), junto com a professora do AEE, Cláudia Ferreira, que passou a integrar a escola.
Segundo Amanda, além de uma sala específica para esses atendimentos, com recursos e materiais próprios, a professora também faz observações durante as aulas e o recreio, dá orientações aos professores, elabora relatórios multiprofissionais e materiais de apoio individualizados, como a prancha de comunicação alternativa. “Todo esse trabalho é voltado para favorecer o desenvolvimento integral e a inclusão efetiva no ambiente escolar”.
A escola e a família celebram avanços de Enzo na interação com os colegas e participação em atividades. Ele fez parte da quadrilha na festa junina e no Dia das Crianças brincou no touro mecânico, algo que era impensável meses antes. “É um verdadeiro combo de sucesso: uma professora que planeja atividades criativas e inclusivas, um apoio diário ao educando e a atuação do AEE”, resume a diretora.
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