Sete Lagoas celebra 158 anos com o Festival Nacional de Arte de Rua

Entre os dias 15 e 24 de novembro, Sete Lagoas se transforma em um grande palco a céu aberto com a realização do Festival Nacional de Arte de Rua (Fenar 2025), evento que integra as comemorações pelos 158 anos da cidade. A programação reúne música, teatro, dança, cinema, artes visuais, cultura popular e oficinas formativas em diversos pontos da cidade.

Abertura com cortejo e exposição fotográfica

A festa começa no sábado, 15 de novembro, com a abertura da exposição “Relembrança”, do Coletivo Interiorizar, na orla da Lagoa Paulino. À noite, o público poderá curtir o projeto “Tem Som na Feira”, com Lucas Souza e DJ Kauanzin, na feirinha do bairro Montreal. O destaque do dia será o Cortejo de Abertura do Fenar, reunindo blocos da Liga Setelagoana de Blocos — Axé Saudade, Mocidade Alegre, Virgens do Boa Vista e Piratas do Samba — na Feirinha do Centro, marcando o início das celebrações.

Música, teatro e arte popular tomam conta da cidade

No domingo (16), o Fenar leva atrações para diferentes bairros: Marcos Belerete se apresenta na Feira da Várzea, enquanto o projeto “Tem Samba no Beco”, no Beco do Repolho, reúne Nanna Andrade, Samba das Exaustas e Sagrado Samba, em uma tarde dedicada ao ritmo e à resistência feminina no samba.

Durante a semana, oficinas, espetáculos e debates dão o tom da programação. Na segunda (17), o projeto “7Notas de 7Lagoas” promove oficinas de música em escolas municipais. O artista Prado Neto inicia o mural “Esperança – Um Futuro de Paz” e o Toró de Ideias Filmes exibe produções audiovisuais no CEU das Artes. À noite, o Casarão sedia o bate-papo “Arte Drag em Sete Lagoas”, abordando diversidade e expressões artísticas urbanas.

Na terça (18), o destaque é a peça “Saga – Uma História do Povo Preto”, da Preqaria Cia. de Teatro, seguida de um bate-papo sobre arte negra e cultura popular, com Leva Eva, José Roberto e Mestre Cristiano Kong. O dia termina com a Batalha da Catarina Especial Fenar, no Centro Cultural Nhô-Quim Drummond, celebrando a cultura hip hop.

Cultura negra e integração de linguagens

O dia 19 traz mais apresentações teatrais, como “Pigmaleão”, da companhia Elefanteatro, e “No Centro da Margem”, da Ovorini Carpintaria Cênica, no Teatro Redenção. Na quinta (20), a Semana da Igualdade Racial ganha destaque com o “Quarteirão Preto”, na Praça Tiradentes, reafirmando a importância das vozes negras na arte e na cidade.

Fim de semana com música, dança e grandes shows

Na sexta (21), o público poderá assistir ao especial “Arte Brasil Seresteiro”, na Feirinha do Centro, com nomes como Mestre Saúva, Dinilson Barbosa, Naiara França e Conceição Oliveira. A noite segue com a exposição “A Arte Salva – Tupinambá Autorretrato”, na Casa da Cultura, e o show de Marlon Barone na Feira do bairro Cidade de Deus.

O sábado (22) é dedicado à dança, com o projeto “Tem Dança na Boa”, no antigo zoológico da Lagoa da Boa Vista, reunindo grupos de Sete Lagoas, Paraopeba e outras cidades. À noite, a música de raiz toma conta da Feirinha do Centro com o “Tem Viola na Feira”, apresentando a Orquestra Mineira de Viola e o grupo Sertão Brasil.

Encerramento com grandes nomes da música nacional

No domingo (23), o festival se despede com uma programação especial. Pela manhã, o projeto “Tem Som na Feira” anima a Feira do bairro Nova Cidade, e o “Tem Criança na Boa” leva circo, música e lazer para a Feira da Lagoa da Boa Vista.

O encerramento acontece às 17h, na Praça Dom Carlos Carmelo Mota (Feirinha do Centro), com uma grande festa musical em homenagem ao aniversário da cidade. Sobem ao palco DJ Johnny Brasilidades, Elite Samba, Lagum e Mumuzinho, além da presença do Circuito Cultural Gastronômico.

Arte, diversidade e pertencimento

Durante todo o festival, a exposição “Relembrança”, do Coletivo Interiorizar, estará aberta ao público na orla da Lagoa Paulino, convidando os visitantes a revisitar memórias e afetos da cidade.

O Fenar 2025 reforça a vocação de Sete Lagoas como um polo de cultura e diversidade, celebrando a arte de rua como espaço de convivência, inclusão e expressão popular.