
A noite caiu, a lua cheia apareceu , as danças da cultura popular começaram a ser apresentadas e, pelo 29º ano, começou oficialmente o Festival de Folclore de Jequitibá, nesta quinta-feira, 7 de setembro. Para o prefeito Humberto Fernando Campelo Reis, “é uma honra e uma responsabilidade ser prefeito de Jequitibá”, a Capital Mineira do Folclore. Para o prefeito, é fundamental manter as tradições, agora e para o futuro. Para todos: a comunidade, os artistas e os amigos, como o prefeito de Sete Lagoas Leone Maciel, presidente da AMAV, que chega cedo. Assim é o Festival de Folclore de Jequitibá, que tem o apoio do Fundo Estadual de Cultura através da Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, do Circuito das Grutas e com o patrocínio da Codemig.
A cidade, que um dia poderia ter sido a capital de Minas Gerais, mas, segundo o próprio prefeito, perdeu por um voto na decisão de transferir a sede de Ouro Preto para Belo Horizonte, valoriza as manifestações populares, cultivadas pela comunidade. ”Temos a Igreja de 1877,Tiradentes registrou sua passagem por aqui, com o Posto Fiscal, por onde passava toda a riqueza que vinha de Diamantina”, registra, para demonstrar a importância histórica da cidade.

É exatamente neste contexto que Jequitibá realiza o 29º Festival de Folclore, em que o principal ator é a comunidade. É o que afirma a assessora cultural Valéria Assad. Ela revela que para viver o período de 7 a 10 de setembro em que o festival é realizado, os trabalhos, na verdade, começam em março! Quem pensa o festival? Na ponta da língua, a organizadora responde: “Prefeitura, Secretaria de Cultura e a comunidade. Antes de hoje (7 de setembro), o festival já havia começado duas semanas antes, passando pelas escolas com a Carroça Teatral e com oficinas de máscara, de folia de reis, de estandarte e de dança, como as manifestações típicas do Rio Grande do Norte e as de Jequitibá, como a Folia e a Cantiga de Roda”, revela Vaéria Assad.
Minas se encontra –O 29º Festival de Folclore de Jequitibá é marcado pela diversidade cultural, pelo patrimônio artístico e histórico que representa. Enfim, são várias apresentações culturais diferentes, como a Catira, o Fio de Capina, Encomendação das Almas, Folia de Reis, Folia do Divino e Folia do Rosário.
É muita coisa. Com tantas manifestações culturais populares, Valéria Assad acredita que mais de mil pessoas participam diretamente das apresentações artísticas. “No cortejo e na missa, além de Jequitibá, a cidade recebe grupos de Sete Lagoas, Sabará, Santana de Pirapama e Baldim”, informa a assessora cultural. É como se as manifestações de Minas se encontrassem em Jequitibá durante o Festival de Folclore.
“Aqui respiram cultura popular, transpiram. Por isso, tudo acontece”, resume, com riqueza, Valéria Assad sobre o 29º Festival de Folclore de Jequitibá.
É verdade. A noite chegou e o público também para a abertura do grande evento. Os olhares se voltam para as apresentações a APAE, do CRAS, do Centro Municipal de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho, e das escolas municipais Pedro Saturnino, Professor Vitor Pinto, Fidelis Diniz Costa e Lourismar Palhares Machado. Em seguida, é a vez do Batuque de Anna Elza, de Folia de Reis do Grupo Renascer , do Grupo de Lavadeiras e da Companhia de Danças e Cultura Macambirais do Rio Grande do Norte.
Mais gente vem chegando ao palco – muito bem montado, com temáticas da cultura popular – para o que começará às 22h. São jovens que vão se juntas a pessoas de outras gerações para não perder um minuto do show da noite: 14 BIS, 35 anos na estrada. Jequitibá é a estação em que a banda para. Nem eles perdem o Festival de Folclore de Jequitibá. A grande festa que continua neste sábado (9) e domingo (10).
Confira uma das apresentações da primeira noite do festival:
Veja imagens das apresentações fólcloricas na noite desta quinta-feira (07):
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