Os parlamentares da Câmara no Brasil, ao contrário dos trabalhadores brasileiros que ganham um salário mínimo, não têm como reclamar de seu holerite. Com um salário de R$ 33.763 (35 vezes o salário mínimo atual), auxílio-moradia de R$ 4.253 ou apartamento de graça para morar, verba de R$ 92 mil para contratar até 25 funcionários, e verba de R$ 30.416,80 a R$ 45.240,67 por mês para gastar com alimentação, aluguel de veículo e escritório, divulgação do mandato e outras despesas. Além de tudo isso, eles recebem dois salários no primeiro e no último mês da legislatura como ajuda de custo e ressarcimento de gastos com médicos. Apenas um deputado federal brasileiro, juntando salário e benefícios, custa aos cofres públicos R$ 168,6 mil por mês. Juntos, todos os 513 custam, em média, R$ 86 milhões ao contribuinte todos os meses, chegando a quantia deR$ 1 bilhão por ano.
O salário mínimo em 2018 teve um aumento de 1,81%, indo de R$ 937 reais para R$ 954. Apenas R$ 17 a mais do valor anterior. O reajuste do salário mínimo em 2018 é o menor dos últimos 24 anos. Também não foi o valor estimado pelo governo e que já havia sido aprovado pelo Congresso Nacional, de R$ 965.
Com a diminuição no aumento do salário mínimo, o governo prevê economizar R$ 3,3 bilhões em 2018.
Mas em 2016, em meio à crise econômica e à baixa arrecadação no país, menos de dois meses após o Congresso aprovar a redução da meta fiscal e autorizar rombo nas contas públicas de R$ 170 bilhões, o governo concedeu reajuste de até 41,47% nos salários dos servidores do Judiciário e aumento salarial de 12% para analistas e técnicos do Ministério Público da União.
A estimativa do Ministério do Planejamento era de um impacto de R$ 1,69 bilhão só em 2016 nas contas públicas.
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