
O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), tem até esta sexta-feira (9) para explicar ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) os atrasos recorrentes dos repasses constitucionais do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) devidos aos municípios mineiros. O TCE também intimou o gerente geral da Agência Setor Público do Banco do Brasil em Belo Horizonte, nos mesmos moldes, sob pena de aplicação de multa pessoal no valor de R$ 10 mil. O débito do governo com as prefeituras chega a R$ 3,6 bilhões.
A decisão do relator José Alves Viana atendeu uma representação protocolada pela Associação Mineira de Municípios (AMM) no último dia 31. O texto enviado pela entidade relata que o Estado vem deixando de repassar, ou o faz com atraso, a parcela dos repasses cujo recolhimento é de sua competência. Foi notificada também a sonegação de informações à AMM acerca do quanto é arrecadado e do quanto é repassado, com pedido cautelar consistente na determinação ao Estado para que regularize o pagamento, com incidência de juros e correção monetária, e, ainda, ao Banco do Brasil, para que repasse imediatamente as quantias recebidas dos contribuintes referentes ao IPVA.
Ainda segundo a representação, os recorrentes atrasos não apenas afrontam o texto constitucional e o pacto federativo, como também prejudicam a execução dos Orçamentos municipais, preparados de acordo com a arrecadação dos tributos que lhe pertencem. “A conduta do Estado macula a receita corrente líquida dos municípios, e ainda há séria desconfiança de que ele age assim para maquiar sua receita. Além disso, ao reter o produto da arrecadação de impostos que pertencem aos municípios, o Estado acaba por impedir que seja cumprida a Lei de Responsabilidade Fiscal”, ressaltou o presidente da AMM e prefeito de Moema, Julvan Lacerda (MDB).
No último dia 2, em encontro organizado pela entidade na Cidade Administrativa, representantes de 500 cidades rejeitaram a proposta do Estado de quitar, em 90 dias, recursos atrasados do IPVA e estipularam um prazo de 45 dias para o pagamento. Os gestores concordaram com a proposta que determina que o IPVA volte a ser repassado automaticamente para as prefeituras a partir desta semana, mas reivindicaram que o passivo de R$ 746 milhões seja pago em 45 dias.
Já em relação aos débitos de R$ 2,5 bilhões para saúde e de R$ 54 milhões para a assistência social, o presidente da AMM disse que o Estado não apresentou solução. A entidade estima, ainda, R$ 200 milhões de juros e correções sobre o ICMS e o IPVA devidos pelo Estado.
O governo de Minas, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que a Advocacia Geral do Estado (AGE) recebeu a citada intimação e demonstrará ao Tribunal de Contas do Estado que os repasses alegados estão regularizados.
Por Angélica Diniz - OTempo

Decoração de Natal Prefeito Douglas Melo denuncia furtos de cabos de energia das luzes de Natal em Sete Lagoas
Eleições 2026 Cleitinho lidera a corrida pelo Governo de Minas Gerais, aponta pesquisa
Saúde e Justiça Moraes autoriza ida de Bolsonaro ao hospital para cirurgia no Natal
Cassação Câmara dos deputados cassa mandatos de Eduardo Bolsonaro e delegado Ramagem
Cassação TRE de Minas Gerais cassa mandato do vereador Lucas Ganem, mas parlamentar de Belo Horizonte ainda pode recorrer da sentença
Presente de Natal Vereadores de Divinópolis aprovam aumento dos próprios salários Mín. 17° Máx. 31°

