A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Turi, concessionária que presta o serviço de transporte público em Sete Lagoas, foi instaurada em fevereiro de 2018 e somente nesta quarta-feira (9), mais de 100 dias da instauração da CPI, a empresa enviou os documentos para ser investigado.
A Comissão é constituída pelos vereadores Ismael Soares (presidente), Rodrigo Braga (vice- presidente) e Milton Martins (relator).
O relator Milton Martins concedeu uma entrevista exclusiva ao portal de notícias Megacidade.com. Segundo ele, a CPI da Turi já havia notificado a empresa e também o órgão responsável pela fiscalização do transporte público da cidade, pedindo toda documentação de ordem de operação, serviço de execução de contrato e as notificações que foram efetuadas a Turi. “Contudo, a demora na entrega das documentações atrasou o andamento da CPI”, lamenta.
Notificações
Na entrevista ao Megacidade.com, Milton Martins disse ainda, que no período em que o secretário municipal de Trânsito, Bruno Violante, esteve à frente da Secretaria, a Turi teria sido notificada por mais de 200 vezes por não estar cumprindo com as exigências previstas na Licitação. “Quem sofre com isso é a população sete-lagoana, que é obrigada a esperar por ônibus por vários minutos, pelo fato da empresa diminuir o quadro de horários, descumprindo com as exigências da licitação”, ressalta o relator.
Milton Martins disse que irá apresentar um Requerimento na próxima Reunião Ordinária da Câmara, pedindo a contratação de um auditor, para analisar toda a documentação entregue, referente ao contrato da Prefeitura de Sete Lagoas com a empresa Turi.
Uma reunião da CPI foi realizada na manhã desta quinta-feira (10). Devido a morosidade na entrega das documentações, membros da CPI iriam elaborar uma notificação para a Turi, estipulando um prazo de 72 horas úteis para a entrega de toda os documentos, o que não foi preciso, pois o material foi entregue na tarde desta quarta-feira (9).
Para Milton Martins, não resta dúvidas que essa morosidade na entrega das documentações, seria uma “manobra” com o intuito de ganhar tempo, até vencer o prazo de 120 dias, e assim tentar desestabilizar a CPI.
Por e-mail, a empresa Turi informou à Redação do Megacidade.com, que toda a documentação solicitada foi enviada para a Comissão.
Assista com exclusividade a entrevista com Milton Martins, relator da CPI da Turi:
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