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Reajuste diário dos combustíveis é 'tiro no pé', avaliam políticos

Políticos defendem que Petrobras revise política atrelada ao preço internacional

29/05/2018 às 08h39 Atualizada em 29/05/2018 às 08h44
Por: Redação
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Os impactos provocados pela greve dos caminhoneiros na economia e nos serviços do país estão longe do fim e ampliam o desgaste político do governo federal entre parlamentares mineiros. A reação do presidente Michel Temer (MDB) diante da crise divide deputados, mas há consenso sobre a necessidade de mudança da política de preços da Petrobras, que encareceu o combustível e desencadeou a paralisação da categoria.

Para o deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB), a União demorou a reagir à situação, o que agravou a crise. Ele chamou os reajustes praticamente diários nos valores do combustível de “tiro no pé”. “O governo, sabendo da tendência de aumento, deveria o tempo todo ter trabalhado em relação a impostos, calibrar ou compensar o eventual aumento do preço internacional com a diminuição de impostos. A conta fica com o consumidor”, pontuou.

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT) defendeu o controle de preços da companhia. “Nós precisamos nos tornar autossuficientes em refinaria para não ficarmos vulneráveis ao preço do dólar. Não dá para o governo buscar lucro para distribuir para acionistas a custo de toda a economia brasileira”, afirmou. Ele ainda defendeu a demissão do presidente da Petrobras, Pedro Parente. “Ele foi o pai do apagão, e agora é o pai do apagão de todas as cadeias econômicas do país”, completou, referindo-se ao período em que Parente foi ministro de Minas e Energia de Fernando Henrique Cardoso, quando ocorreu o apagão de energia.

Para a deputada federal Jô Moraes (PCdoB), as medidas apresentadas pelo presidente Michel Temer “não enfrentam o problema central que gerou a crise: a política de preços da Petrobras”. “A gravidade é chegar a uma quantidade de aumento no preço dos combustíveis que a sociedade brasileira não suporta. Com as medidas apresentadas, ele ganha um certo tempo para apenas parte do movimento”, afirmou. “É preciso uma proposta mais permanente, que altere esses absurdos aumentos sucessivos que a Petrobras realiza hoje. Adiar por 60 dias não resolve o problema”, declarou.

Defesa. Companheiro de partido de Michel Temer, o deputado federal Mauro Lopes (MDB) saiu em defesa do presidente e disse que ele tomou “todas as medidas necessárias” para atender as reivindicações dos caminhoneiros. O parlamentar defendeu que o Estado deve contribuir para a queda do preço do combustível por meio da redução do ICMS. “O que o governo federal podia fazer, ele fez. Está na hora de o Estado ter um gesto de boa vontade e se sacrificar um pouco. Só o ICMS equivale a praticamente R$ 1 por litro”, disse.

O deputado federal Jaime Martins pontuou que, para um governo em “fim de mandato e com pouca popularidade”, Temer foi “sensível” e acertou em ceder e atender as reivindicações dos caminhoneiros. Ele disse, no entanto, que o mercado internacional não deve definir o preço do petróleo produzido no país. “Aquilo que for importado tem que ser guiado pelos preços internacionais, mas o preço da produção interna tem que se basear no custo de produção. A Petrobras é uma empresa pública ”, pontuou.

Já o deputado federal e pré-candidato ao Palácio da Liberdade Rodrigo Pacheco (DEM) atribuiu a responsabilidade pela crise ao governo federal e também ao Estado, por causa dos “sistemáticos aumentos de ICMS sobre o combustível, o que torna o combustível de Minas mais caro que em outros Estados”. Segundo ele, a União demorou a esboçar reação diante da situação e falhou na imposição de diretrizes à estatal. “A Petrobras está esquecendo que tem a função de regular a questão do combustível no país e tratando do interesse próprio e de acionistas”, disse, ressaltando que é preciso visar menos ao lucro e atender mais a coletividade.

Sem resposta. A reportagem pediu posicionamento ao presidente da Assembleia Legislativa de MG, Adalclever Lopes (MDB), e ao senador Aécio Neves (PSDB), mas eles não responderam. 

Por Fransciny Alves e Rafaela Mansur - OTempo

 

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