
Em entrevista ao programa “Roda Viva”, da TV Cultura, nesta segunda-feira (30), o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, atacou a esquerda, demonstrou ser contra cota para negros em universidades e disse esperar deixar um legado liberal na economia, caso seja eleito.
Entre as declarações polêmicas, Bolsonaro afirmou que não acha justo a cota para entrada de negros em universidades. Questionado por jornalistas sobre a dívida moral que o Brasil tem com negros – por causa do período da Escravidão – Bolsonaro minimizou.
“Que dívida? Eu nunca escravizei ninguém” (…) “Os portugueses nem pisaram na África. Os próprios negros que entregavam os escravos”, afirmou.
“Imagine dois homens, pais, um afrodescendente e um paraibano. Humildes, os dois são porteiros. Os filhos deles prestam um concurso. O filho do paraibano tira 9 e não entra na universidade. O do afrodescendente tira 5 e entra. Isso é justo?”. Na sequência, Bolsonaro não afirmou se tentará barrar as cotas, caso seja eleito.
Ditadura
No dia em que o Ministério Público Federal (MPF) reabriu inquérito para investigar a morte do jornalista Vladimir Herzog, que ocorreu durante a Ditadura Militar em 1975, Bolsonaro saiu em defesa do regime autocrático, que durou 21 anos no país.
Sobre o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, condenado por torturas cometidas no período militar, Bolsonaro disse que ele não pode ser considerado culpado. “De acordo com a nossa Constituição, ninguém poderá ser considerado culpado sem uma sentença transitada em julgada. Isso não aconteceu no caso do Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra”, disse.
O candidato do PSL também questionou as torturas durante a Ditadura. “Este pessoal que se diz torturado, alguns eu acho até que foram, aconteceu alguma maldade com eles, mas em grande parte não. É uma política, uma forma de que eles usavam de dizer que eram torturados exatamente para conseguir indenizações”, afirmou.
Bolsonaro disse também que os documentos sobre o período ditatorial devem ser esquecidos.
Economia
Jair Bolsonaro, disse que, caso eleito, gostaria de deixar como legado uma economia liberal no país.
Segundo o militar da reserva, sua gestão defenderá o livre comércio com todos os países do mundo, combatendo a esquerda no Brasil. “Vamos respeitar a família e jogar pesado contra o MST (Movimento dos Sem-Terra)”, afirmou.
O presidenciável também citou a proximidade política com o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB). “Não é porque estava naquele meio que tinha a intenção de roubar”, disse Bolsonaro.
Por Heitor Mazzoco / Angélica Diniz / Luiz Fernando Motta - OTempo

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