Um aborto clandestino negociado em mensagens de celular terminou com a morte de uma mulher, de 22 anos, grávida de cinco meses, em Montes Claros, no Norte de Minas.
A jovem foi submetida ao procedimento em uma casa no bairro Interlagos na última segunda-feira (24) e chegou a ser internada depois de passar mal com o uso de pílulas abortivas. Uma mulher de 37 anos foi presa e a filha dela, de 17, apreendida depois de confessarem participação no crime.
Jhennyfer Skartel Pereira Santos conversou com as suspeitas pelo Whatsapp e aceitou pagar R$ 300 para interromper a gravidez, segundo o boletim de ocorrência da Polícia Militar.
A mãe da jovem descobriu tudo depois de encontrá-la internada em estado grave em um hospital da cidade e descobrir as conversas no celular da filha. A mulher procurou a PM, que conseguiu localizar a casa onde o crime teria ocorrido.
No imóvel, os policiais encontraram um lençol, um cobertor e uma peça íntima ensanguentada. A dona da casa e a filha dela confessaram ter ajudado a jovem a abortar.
Em depoimento, elas contaram que Jhennyfer sentiu muita dor logo após usar as pílulas abortivas e que acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para levá-la ao hospital. As suspeitas não revelaram quem é o fornecedor do medicamento. Durante buscas no imóvel, também não foram encontradas pílulas.
As duas foram encaminhadas à Delegacia da Polícia Civil de Montes Claros, que vai investigar o caso. O Código Penal Brasileiro prevê pena de um a quatro anos de prisão a quem provocar aborto com o consentimento da gestante.
Por Clarisse Souza - OTempo
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