
Exercer uma função contínua de prevenção à violência e ao uso de drogas. Garantir a sustentabilidade cultural, política e social dos capoeiristas sete-lagoanos, ampliando a ação sociocultural dentro do esporte. Elaborar um cronograma de ações como estabelecer o marco da capoeira municipal com espaços para atividades da arte; realizar encontros coletivos de capoeiristas para discutir as atividades da rede; promover debates, estudos e vivências.
Os pontos citados acima são os principais que foram discutidos durante Audiência Pública realizada na Câmara Municipal, nessa segunda-feira (14). O objetivo maior do vereador proponente da sessão, Gilson Liboreiro (PHS), é fazer com que a capoeira seja inserida à grade extracurricular das escolas municipais.
Por esse motivo mestres, capoeiristas, vereadores, educadores e a secretária municipal de Educação, Roselene Alves, participaram da sessão que produziu debate amplo e diversificado sobre a capoeira no município. Atualmente seis escolas municipais já oferecem oficinas de capoeira como atividade extracurricular e a promessa da secretária foi de trabalhar para aumentar a oferta da atividade
Adney Rodrigues, mais conhecido Mestre Marinheiro, citou os vários benefícios que a prática da capoeira proporciona como “atividades aeróbica e anaeróbica, equilíbrio, elasticidade, força resistência, coordenação motora, disciplina, respeito ao próximo e criatividade”. O mestre elogiou também porque o investimento não é alto. “Não requer material específico de difícil aquisição, é um esporte barato. Para praticar basta oportunidade”, reforçou.
Entre os participantes é ponto comum que a capoeira é uma aliada importante para manter o foco e a disciplina das crianças. “A capoeira faz com que os alunos tomem gosto pela escola. A escola é apaixonante quando tem algo que motiva o aluno a ir para a escola. E a capoeira, a arte e a atividade lúdica proporcionam isso”, concluiu Marinheiro.
A capoeira faz parte da grade curricular da educação infantil e ensino fundamental II do Instituto Educacional Peter Pan. Um dos responsáveis é o professor Júlio Neto que evitou falar dos benefícios do esporte “porque é pleonasmo”. Netinho, como é conhecido, disse que “o poder público tem uma dívida com a capoeira. Na nossa cidade a capoeira provou e comprovou que dá dignidade. Capoeira custa pouco, muito pouco. O projeto discutido aqui é muito valoroso”, afirmou.
Da cidade de Contagem, Mestre Tonhão falou que já tramita na esfera federal um Projeto de Lei para inserir a capoeira na grade curricular escolar. O mestre pregou cautela na hora de formatar um texto local sobre o tema. A preocupação é porque “nos atrelam a órgãos que não nos representam”. No mais, Tonhão parabenizou o Legislativo pela oportunidade para a divulgação da capoeira. “É difícil a gente ver portas se abrirem, é o que acontece hoje”.
Depois de várias colocações sobre o tema, Gilson Liboreiro disse que conversou muito com o prefeito Duílio de Castro sobre a sessão e que “ele (Duílio) vai pagar um pouco da dívida que tem com a capoeira. Vamos cobrar que o município invista na capoeira. Que coloque no orçamento uma rubrica para a capoeira”, adiantou.
O presidente da comissão de Educação da Câmara, vereador Renato Gomes (PV), entende que o “nosso papel é contribuir para que as coisas aconteçam. A gente precisa ter coerência, não falar somente o que as pessoas querem ouvir”. A reflexão de Renato é porque “implementar uma disciplina é necessário passar por uma esfera nacional. Que a gente dê esse pontapé inicial e que possa ser repercutido em nível nacional para termos um respaldo”, completou.
Professora de história por formação, a vereadora Gislene Inocêncio (PSD) detectou que “por tudo que ouvi ainda existe uma dificuldade grande entre os grupos”. Também da comissão de Educação, a parlamentar se prontificou a “lutar para que se torne realidade. Esse foi o primeiro passo de muitos que teremos que dar”, pontuou.
Da sessão o principal encaminhamento foi, a várias mãos, elaborar um Anteprojeto de Lei (APL) que preveja a inserção da capoeira na grade escolar municipal. Uma comissão entre educadores, vereadores, mestres e capoeiristas também será composta para contribuir na formatação do texto e acompanhamento dos trabalhos.
O presidente da Câmara, Cláudio Caramelo (PRB), antecipou que o texto será “um embrião e não vejo dificuldade da tramitação aqui na Casa. Aí teremos que trabalhar com o prefeito e voltar com Projeto de Lei”. O vereador disse ainda que foi um dia de grande aprendizado sobre o tema. “O encaminhamento ideal é preparar o Anteprojeto da melhor maneira possível”, concluiu.

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