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Saúde Teste glicêmico

Aluna faz teste glicêmico em escola e há suspeita de agulha compartilhada

Exames foram realizados durante Feira de Ciência que foi realizada no último sábado; corrida por coquetel começou na cidade

28/11/2019 às 11h03
Por: Redação Fonte: OTempo
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Aparelho para fazer exame na feira - Foto: Reprodução Tv Integração / Tv Globo
Aparelho para fazer exame na feira - Foto: Reprodução Tv Integração / Tv Globo

A suspeita de uma partilha de agulhas durante uma feira de ciência em Juiz de Fora, na Zona da Mata Mineira, gerou pânico nos moradores da cidade e uma corrida na procura pelo coquetel de profilaxia contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).

A glicemia dos estudantes e participantes do evento foi medida por uma aluna de 14 anos que apresentava um trabalho sobre diabetes no último sábado (23) e, na última segunda-feira (25), foi levantada a possibilidade das agulhas terem sido compartilhadas.

De acordo com o secretario de Comunicação de Juiz de Fora, Ricardo Miranda, uma aluna contou para a mãe, que é enfermeira, que a agulha para medir sua glicemia teria sido usada também em uma colega dela da escola. 

A mãe avisou a prefeitura e as pessoas que participaram da feira de ciência foram chamadas para tomar o coquetel,  que funciona em até 72 horas após a possível contaminação, por isso a urgência na prevenção. Elas também passaram por exames para identificar o risco biológico.

O teste de glicemia foi aplicado sem o acompanhamento de um profissional de saúde e pela aluna da Escola Municipal Arlette Bastos, no Bairro Parque Independência, que tinha levado o aparelho para feira para falar sobre diabates. O teste foi feito em alunos e em pessoas que visitavam a feira.

"Nós não sabemos ainda se houve mesmo o compartilhamento de agulhas e com quantas pessoas ela foi compartilhada, mas como prevenção, convocamos a todos para fazer exames e tomar o coquetel. Agora nós estamos apurando de quem foi a responsabilidade por esses testes terem sido realizados por uma aluna, que não é qualificada para isso e ainda mais sem acompanhamento de um profissional da saúde. Os responsáveis vão receber as punições cabíveis", explicou o secretario.

Um comitê de crise foi criado na cidade, nesta terça-feira (26), por causa do risco de contaminação e pelo aumento da procura pelo coquetel. Além disso, o comitê vai ajudar a encontrar os responsáveis pelo erro. Um procedimento interno foi instaurado pela Secretaria de Educação nesta quarta-feira (27). 

Testes negativos 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 84 pessoas foram atendidas nesta terça e fizeram o teste rápido para doenças contagiosas e o resultado foi negativo para HIV e Hepatites Virais. A secretaria afirma que apesar da procura não está faltando o medicamento na cidade. 

"Todos os atendidos receberam um cartão informando quando elas devem voltar ao posto de saúde e para fazer um acompanhamento. A maioria dos alunos que passaram pelo teste têm entre 12 e 14 anos. A população que passou pela feira também foi convocada a passar pelos cuidados da saúde. Acreditamos que atingimos a meta de todos que foram picados terem sido atendidos com o coquetel e o teste", garante o secretario. 

Pais revoltados 

Os pais dos alunos disseram para jornais locais que souberam sobre o teste de glicemia na feira de ciência, porém não se preocuparam porque pensaram que ele tinha sido feito por profissionais da saúde.Na última segunda, os pais receberam uma ligação da coordenadora da escola alertando que os alunos deviam fazer o teste.

"Eu estou indignada com essa situação. Foi muita irresponsabilidade das professoras permitirem uma aluna fazer teste de glicêmia e pior ainda compartilharem a agulha. Agora corre-se o risco da minha filha pegar uma doença contagiosa grave por causa desse erro na escola", contou a mãe de uma aluna de 13 anos que preferiu não se identificar. 

Alunos da escola relataram aos pais que a adolescente que fez o teste têm diabetes e que está acostumada a fazer o exame nela mesma. A menina não tinha algoodão, álcool e nem agulhas o suficiente na hora de realizar o teste nas outras pessoas. 

O que diz a secretaria

Por meio de nota a secretaria informou que está trabalhando de forma ininterrupta para prestar assistência as pessoas que participaram do evento.

"Inicialmente, o atendimento foi realizado no Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos), dentro do Hospital Dr. Geraldo Mozart Teixeira. Entretanto, a pasta adotou como estratégia para melhor atender esses pacientes, encaminhá-los para o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado dentro do Prédio de Vigilância em Saúde. Inclusive, um carro do Serviço de Transporte Inter Hospitalar (STIH) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) foi deslocado para fazer o translado dos pacientes (HPS → CTA)", informou a secretaria. 

Investigação 

A Polícia Civil informou que abriu um inquérito para investigar o caso e que pessoas que participaram da feira serão ouvidas, bem como os funcionários da escola para tentar entender o que aconteceu. Diligências são realizadas nesta quarta-feira (27). 

Veja nota completa da secretaria:

A Secretaria de Saúde informa que está trabalhando de forma ininterrupta para prestar assistência as pessoas que participaram do evento. Inicialmente, conforme protocolo, o atendimento foi realizado no Protocolo de Atendimento ao Risco Biológico Ocupacional e Sexual (Parbos), serviço que funciona dentro do Hospital Dr. Geraldo Mozart Teixeira. Entretanto, a pasta adotou como estratégia para melhor atender esses pacientes, encaminhá-los para o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), localizado dentro do Prédio de Vigilância em Saúde. Inclusive, um carro do Serviço de Transporte Inter Hospitalar (STIH) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) foi deslocado para fazer o translado dos pacientes (HPS → CTA). No CTA, todos foram atendidos por uma equipe multidisciplinar, composta por médico, enfermeiro assistente social e psicólogo. Na ocasião, o infectologista responsável pelos atendimentos conversou e orientou todos os presentes, de forma individual, a fim de sanar todas as dúvidas. Todos os pacientes que passaram por atendimento médico saíram no CTA com a medicação necessária para prosseguir com o tratamento. A pasta reitera que não há falta do medicamento antirretroviral, conhecido como “coquetel”, na rede SUS de Juiz de Fora.

Ao todo cerca de 84 pessoas foram atendidas ontem (terça-feira, 26), no Parbos e CTA. O resultado de todas as testagens foi negativo para HIV e Hepatites Virais.

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