
Maior pronto-socorro de Minas Gerais e referência em trauma na América Latina, o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, será fundido, nos próximos meses, ao Hospital João Paulo II, antigo CGP, modelo em atendimento pediátrico na capital. De acordo com a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), a fusão de serviços e processos de trabalho das unidades – que ficam no mesmo quarteirão, no bairro Santa Efigênia – na região Leste, visa a redução de custos e a melhoria do atendimento a pacientes.
O secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, disse nesta terça-feira (10), durante divulgação do balanço anual do governo, que também estão avançados os estudos de uma possível fusão entre os hospitais Alberto Cavalcanti – que, desde setembro, restringiu os atendimentos e passou atender somente pacientes com câncer – e o Júlia Kubitschek, ambos na capital. Sem informar o valor a ser economizado com as fusões, Amaral garantiu que não vai haver mudança física no atendimento das unidades. Segundo ele, parte das mudanças está relacionada ao gerenciamento da compra de insumos que, muitas vezes, são os mesmos para diferentes hospitais.
“É uma fusão operacional. Racionalizar processos administrativos como esse, gera economia e maior agilidade nos fluxos de trabalho. Isso é muito interessante, porque ao termos uma única farmácia maior, reduz a possibilidae de desabastecimento e é mais fácil de gerenciar. É ganhar eficiência e otimizar a escala de profissionais”, explicou o secretário.
Amaral também reforçou que a mudança não vai resultar em demissões. “Eu não vejo a ideia de demissão. Não temos gordura para demitir. Vai ser feito um complexo funcional. Não haverá nenhuma perda na assistência e, sim, previsão de ampliação dos serviços prestados à sociedade”, pontuou o secretário de saúde.
Revolta
Para a diretora executiva do Sindicato Único dos Trabalhadores da Saúde Minas Gerais (Sind-Saúde-MG), Neuza Freitas, uma fusão indica perda da qualidade do atendimento e precarização das condições de trabalho. “Claro que existe diferença entre os medicamentos e os atendimentos feitos em todos esses hospitais. São funções diferentes. Um funcionário está apto para lidar com um tipo de público, o infantil, por exemplo. Você está aumentando o trabalho do profissional da saúde, que já trabalha sob pressão”, argumenta. “Estamos falando de vidas. O governo não pode tratar a saúde como trata penitenciárias fazendo racionamento. Esse governo só fala em economia e não em qualidade do atendimento. Em saúde, não tem como economizar”, complementa.
Falta de recursos paralisa obras
Por falta de recursos, obras em seis hospitais regionais nos municípios de Teófilo Otoni, Sete Lagoas, Governador Valadares, Divinópolis, Além Paraíba e Juiz de Fora não têm previsão de começar. Planejadas em 2008 como alternativa para desafogar a demanda da região central do Estado, a maior parte das obras foi paralisada em 2014, quando a crise fiscal se intensificou.
De acordo com o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, o governo busca parcerias com a iniciativa privada para resolver o problema. Uma das ações é a negociação com a mineradora Vale e Fundação Renova para que as instituições auxiliem o Estado como contrapartida pelos danos causados pelo rompimento das barragens em Brumadinho, na região metropolitana, e Mariana, na região Central.
“Se não houver uma parceria adequada, não temos recursos para concluir as obras”, argumentou o secretário, durante coletiva de imprensa.
Por meio de nota, a Vale informou que mantém interlocução com representantes do poder público para entender as demandas dos atingidos e, caso confirmadas, resolvê-las de forma célere, sempre em acordo com todas as partes interessadas. Já a Fundação Renova informou que não iria se manifestar sobre o assunto.

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