Vinte e seis mortos e 830 pessoas infectadas com o coronavírus são os números mais recentes sobre o coronavírus, divulgados pelo governo chinês.
A agência de notícias France Press cita a Comissão Nacional de Saúde da China e diz que mais de mil casos considerados suspeitos estão sendo investigados.
O Japão anunciou, na madrugada de hoje, o registro de mais uma pessoa infectada pelo vírus. Uma segunda pessoa infectada também foi confirmada na última madrugada na Coreia do Sul.
Há poucas horas, o Cirque du Soleil anunciou o cancelamento de todos os espetáculos na cidade de Hangzhou, na China.
Mesmo diante desse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a considerar prematuro declarar situação de emergência internacional, mas reconheceu a urgência na China, acrescentando que acompanha atentamente a situação.
A OMS admite voltar a reunir uma comissão de peritos para analisar a questão. Três cidades chinesas estão de quarentena. Até agora não há conhecimento de qualquer caso na Europa.
Muitos aeroportos em todo o mundo já estão adotando medidas de controle dos passageiros procedentes da China.
Mas há motivo para preocupação? Afinal, o que sabemos sobre a doença? De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, os coronavírus (CoV) são uma grande família viral, conhecidos desde meados dos anos 1960, que causam infecções respiratórias em seres humanos e em animais.
Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Mas crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas podem sofrer complicações ao ter contato com vírus, que podem evoluir para um quadro de síndrome respiratória.
Em 2002, quando uma região da China vivenciou uma epidemia de coronavírus, mais de 8 mil pessoas foram infectadas e houve registro de cerca de 770 mortes, referentes a casos em que a doença evoluiu para uma síndrome respiratória grave.
A questão no momento é para um novo tipo de vírus da família corona que foi identificado pelas autoridades chinesas, atingindo moradores da região de Wuhan, mas não se sabe ainda qual seria o animal que seria o reservatório (ou seja, onde o vírus se multiplica). Verificou-se que o novo vírus provocou problemas respiratórios de maior gravidade em idosos.
Como a transmissão se dá de maneira fácil (tosse, espirro, contato pessoal, como aperto de mão, contato com superfícies contaminadas), a da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) fez um alerta internacional, especialmente para os países asiáticos.
Para monitorar uma possível chegada do vírus no Brasil, o Governo Federal brasileiro adotou diversas ações como: a notificação da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e municípios.
Cuidados
Os sintomas do coronavírus são muito parecidos com os da gripe: coriza, dor de garganta, febre, dificuldade para respirar, desconforto intestinal. O tratamento também é o mesmo dado a outras doenças virais transmitidas pelo ar, como reforço na hidratação, repouso e medicação para febre. O período de incubação desse vírus é de 14 dias.
Para se prevenir contra o coronavírus, deve-se ter uma atenção redobrada em relação à higiene: lave bem as mãos, não compartilhe objetos de uso pessoal, mantenha os ambientes bem ventilados, evite contato com quem apresenta sintomas de doença respiratória. O Ministério da Saúde recomenda ainda evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
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