A um mês de assumirem as novas gestões nas 853 cidades mineiras, prefeitos eleitos e reeleitos estão com muitos “abacaxis” nas mãos. Os reflexos de 2020, ano da pandemia do novo coronavírus, ainda serão evidentes e, para piorar, o fim de programas de transferência de renda para a população carente pode comprometer ainda mais o caixa praticamente vazio das administrações municipais, alertam especialistas.
O governo federal descarta, ao menos por hora, prorrogar o auxílio emergencial, que termina no próximo mês, às portas do período de pagamentos de impostos como o IPTU. Também é incerto o programa de manutenção de emprego. A estimativa é a de que, com o fim desses benefícios, suba para 25% a massa da população economicamente ativa desempregada. “Aí sim os municípios entrariam em uma crise real a partir de janeiro, com queda brusca na arrecadação”, ressalta o economista Igor Lucena, consultor para as Nações Unidas.
O período não poderia ser pior. O especialista diz que o aumento recente de casos da Covid pode levar a mais medidas restritivas. “Se o comércio cair muito, os prefeitos não conseguirão pagar nem a folha. A retirada imediata do auxílio emergencial para a população seria, nesse sentido, devastador para qualquer tipo de retomada econômica”, frisa.
Estabilidade
O cenário é desafiador e os mandatários terão dias difíceis, afirma o presidente da Associação Mineira dos Municípios (AMM). Segundo ele, a injeção de recursos públicos e privados nas economias locais deu certa estabilidade às prefeituras. “A hora que esse dinheiro não estiver mais sendo injetado, com as despesas sempre aumentando e as receitas estagnadas, tanto quem tem boa arrecadação própria, como os mais ricos, quanto os que dependem de repasses constitucionais – aliás, a maioria das cidades mineiras está nessa situação –, vão sofrer”, observa.
Coordenador do Núcleo Sociopolítico da PUC Minas, Robson Sávio destaca que 70% dos municípios do Estado têm menos de 20 mil habitantes e dependem do dinheiro de aposentadorias, pensões e programas sociais para girar a economia. “Os prefeitos terão um caminhão de problemas para resolver”, reforça.
Soma-se à queda na arrecadação e aumento de desemprego a logística na saúde com a eventual chegada de uma vacina. A imunização em massa é, inclusive, aposta para amenizar os impactos da pandemia na economia, com menos risco de, novamente, decretos de quarentena. Mas até a distribuição da proteção poderá ser um desafio dos chefes dos Executivos municipais. Como ainda não se sabe como ela será feita, corre o risco de as próprias prefeituras bancarem as doses para a população local.
Na última semana, o prefeito reeleito de BH, Alexandre Kalil, garantiu ter verba em caixa para comprar as vacinas, se necessário. “É óbvio que isso é responsabilidade do governo federal. Mas estamos armados, não há nenhum risco da população de BH ficar sem vacina”, disse.

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