Depois de falar e agir durante meses em oposição à vacina contra Covid-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse neste sábado (3) que, caso recomendem que ele seja imunizado, ele o fará. Ao retornar ao Palácio do Alvorada depois de uma volta com o novo ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, para tomar sopa em uma região administrativa próxima a Brasília, Bolsonaro disse a jornalistas que pode ir a um posto de saúde, mas que, como já foi infectado pelo novo coronavírus, prefere que outras pessoas sejam imunizadas antes.
A vacina contra Covid-19 é indicada mesmo para quem já contraiu o vírus. “Já estou imunizado com o vírus. Se acharem que devo vacinar, vacino, não tem problema nenhum. Mas acho que esta vacina minha tem que ser dada para alguém que ainda não contraiu o vírus e corre um risco muito, mas muito maior que o meu”, disse Bolsonaro.
No Distrito Federal, começou neste sábado a vacinação de pessoas com 66 anos, idade do presidente. “Da minha parte, não tem problema nenhum buscar um posto de saúde, já que entrou aí a minha faixa etária em se vacinar”, afirmou.
Em sua live de quinta-feira (1º), ele disse que queria ser o último brasileiro a ser vacinado. “Depois que o último brasileiro for vacinado, se estiver sobrando uma vacina, daí eu vou decidir se vacino ou não”, afirmou o presidente, que tenta se equilibrar entre a defesa da vacinação e os acenos a sua base eleitoral mais radical.
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