Aliado e defensor de Jair Bolsonaro, o ex-deputado federal Roberto Jefferson criticou o presidente da República e o seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), nessa quarta-feira (27). Em carta escrita do complexo penitenciário de Bangu, na Zona Oeste do Rio, onde está preso, Jefferson disse que Bolsonaro e Flávio estão viciados nas ‘facilidades do dinheiro público’.
Para Roberto Jefferson, a aproximação de Bolsonaro com o Centrão e de políticos como Ciro Nogueira e Valdemar da Costa Neto, mostra que o presidente cercou-se de ‘viciados’, se tornando um deles.
“O presidente tentou uma convivência impossível entre o bem e o mal. Acreditou nas facilidades do dinheiro público. Esse vício é pior que o vício em êxtase. Quem faz sexo com êxtase tem o maior orgasmo ou ejaculação que o corpo humano de Deus pode proporcionar. Gozou com êxtase, para sempre dependente dele. Desfrutou do prazer decorrente do dinheiro público, ganho com facilidade, nunca mais se abdica desse gozo paroxístico que ele proporciona. Bolsonaro cercou-se com viciados em êxtase com dinheiro público; Farias, Valdemar, Ciro Nogueira, não voltará aos trilhos da austeridade de comportamento. Quem anda com lobo, lobo vira, lobo é. Vide Flávio”, escreveu.
Jefferson disse ainda que o PTB vai convidar o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para ser o nome da sigla na disputa pelo Planalto, em 2022.
“Vamos convidar o Mourão. O PTB terá candidatura própria, quem sabe apoiamos o Bolsonaro no segundo turno”, disse o ex-deputado, que já convidou o presidente da República para ingressar no PTB.
7 de Setembro
Roberto Jefferson também disse que Bolsonaro ‘fraquejou’ ao não atender as demandas do "povo que foi às ruas" no atos de 7 de Setembro. “Todo o povo saiu às ruas para dizer, eu autorizo, não havia volta, não havia transigência com as velhas práticas. Mas por algum motivo, Bolsonaro fraquejou. Não teve como seguir. Escrevo isso insone. Não preguei meus olhos. Esse pensamento queimou minhas pestanas, não consegui fechar meus olhos e dormir. Vamos por nós mesmos”.
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