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Prefeito de Paraopeba questiona obras priorizadas em acordo de reparação por Brumadinho

Juca Bahia (PSD) cobra providências do governo Romeu Zema (Novo) em obras nas áreas diretamente afetadas pelo desastre ambiental

05/02/2022 às 08h29 Atualizada em 05/02/2022 às 10h28
Por: Redação Fonte: Mega Cidade com O Tempo
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O prefeito de Paraopeba, Juca Bahia (PSD), critica as obras consideradas prioritárias pelo acordo de reparação firmado entre o governo Romeu Zema (Novo) e a Vale após o rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Em cobrança pública ao governo de Minas na última segunda-feira (31), Bahia reivindicou a reconstrução da Ponte da Taquara, localizada sobre o Rio Paraopeba justamente na divisa entre Paraopeba e Papagaios, na Região Metropolitana. No entanto, o Palácio Tiradentes ressalta que a prioridade foi definida a partir de consultas populares.

Ao Aparte, o prefeito defende maior atenção do Executivo para a área diretamente atingida pelo rompimento da Mina do Córrego do Feijão. “Paraopeba foi uma das (cidades) mais afetadas, porque o nosso abastecimento urbano era 100% da água do Rio Paraopeba. Então, nós perdemos de imediato todo o fornecimento de água para o centro urbano, fora toda a região ribeirinha”, argumenta.

A principal crítica de Bahia é à construção de uma ponte entre os municípios de São Francisco e Pintópolis, no Norte de Minas, localizados a mais de 600 quilômetros de Brumadinho. A obra, avaliada em mais de R$ 110 milhões, já foi licitada. “A Ponte da Taquara é um dos pleitos mais antigos nossos e está em uma das regiões atingidas. A ponte liga não apenas Paraopeba a Papagaios, mas toda a região atingida pelo desastre de Brumadinho. (...) Enquanto nós estamos aqui no meio da região afetada, eles estão construindo ponte lá no Norte de Minas”, questiona.

Conforme o prefeito de Paraopeba, a Ponte da Taquara está interditada desde que uma parte da estrutura cedeu em 2018. Entretanto, o acordo judicial de reparação prevê intervenções no local como parte do projeto de recuperação da Bacia do Paraopeba. Segundo o próprio tratado firmado entre o Estado e a Vale, o montante destinado para a recuperação da bacia hídrica é de R$ 2,5 bilhões. Bahia projeta, por exemplo, que a reconstrução da ponte de aproximadamente cem metros de comprimento deve demandar cerca de R$ 40 milhões.

De acordo com Bahia, desde a sanção do acordo, nenhuma providência foi tomada pelo governo de Minas. “Apenas hoje (terça-feira) um assessor da Secretaria de Estado de Governo entrou em contato comigo. Já chegamos a pedir para deputados tentarem intervir, mas, por enquanto, nada”, afirma. Inclusive, o prefeito acrescenta que o Município de Paraopeba já chegou a firmar um convênio com o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER) para financiar o projeto, que, à época, também não foi viabilizado.

Em nota encaminhada ao Aparte, o governo de Minas afirma que a prioridade dos projetos referentes à Bacia Paraopeba foi definida por meio de uma consulta popular realizada entre 5 e 22 de novembro de 2021. Conforme o Executivo, o projeto da Ponte da Taquara até estava entre aqueles propostos por Paraopeba e Papagaios à consulta, mas não foi eleito como prioritário. “Em Paraopeba, o subtema que contempla o projeto está entre o 5º mais votado, sendo priorizado por cerca de 55,6% dos participantes do município. Já em Papagaios, foi contemplado pelo 6º subtema mais votado, sendo priorizado por 62,7% dos atingidos.”

O Palácio Tiradentes pontua que, neste momento, o governo, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) discutem qual será o primeiro grupo de projetos a serem realizados a partir dos resultados da consulta popular. “Os projetos estão sendo avaliados quanto a sua viabilidade técnica e financeira, em um processo de interlocução junto às prefeituras, a uma auditoria socioeconômica independente da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e a órgãos estaduais.”

O governo Zema ainda detalha que se reuniu em 23 de dezembro e na última quarta-feira (2), respectivamente, com as prefeituras de Papagaios e Paraopeba para discutir os resultados da consulta popular. “Após estas reuniões já agendadas, onde está sendo discutido a viabilidade técnica de cada obra com as prefeituras e após análise dos compromitentes (MPMG, MPF e DPMG), será anunciada a próxima onda de projetos em cada município, podendo, nesta etapa, ser contemplada a referida ponte”, ressalta.

A Vale, também em nota encaminhada ao Aparte, reforça que os projetos prioritários foram determinados por consulta popular. “Essa lista (de projetos da Bacia Paraopeba) foi submetida à consulta popular realizada e finalizada em 22 de novembro de 2021. Mais de dez mil moradores das regiões impactadas puderam priorizar as mais de três mil propostas das prefeituras e das comunidades, além de projetos já listados no acordo.” Já a respeito da ponte entre São Francisco e Pintópolis, a Vale responde que a estrutura "compõe a lista indicativa do programa de mobilidade (do acordo), cuja gestão, definição e implementação é de responsabilidade exclusiva do governo estadual". 

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