Um cidadão, Geraldo Magela Martins dos Santos (“Mestre Tranquilo”), usou as redes sociais para acusar a vereadora Sílvia Regina de dar golpe em uma ação social destinada a uma família do bairro Cidade de Deus em Sete Lagoas. O vídeo foi gravado pelo cidadão na casa da própria família.
Após o fato, a vereadora registrou um Boletim de Ocorrência (BO) afirmando que a informação é falsa, sendo que segundo ela, “Mestre Tranquilo” será penalizado pela acusação.
Entenda
No dia 4 de dezembro último foi realizada uma ação social com venda de caldo, de iniciativa da vereadora Sílvia Regina, com o objetivo de arrecadar fundos, a fim de comprar passagens para os 5 integrantes da família que desejava retornar para a sua cidade natal, Belém do Pará.
De acordo com nota enviada à reportagem pela vereadora, o evento arrecadou R$ 2.430,00, com a venda a R$ 10,00 por 3 copos de caldo.
Como o valor não foi entregue à família, “Mestre Tranquilo” foi até a casa da mesma no bairro Cidade de Deus, de onde gravou o referido vídeo, acusando Sílvia Regina de estelionato e “dar o tombo na família”.
Contudo, segundo Sílvia Regina, após o evento, já com os recursos disponíveis (ainda que insuficientes) para a compra das passagens, foi verificado que todos os integrantes da família não possuíam documentos pessoais.
Então, não foi possível efetuar a compra dos bilhetes, sendo que posteriormente a família não teria tido interesse em fazer novos documentos, resolveu permanecer em Sete Lagoas e preferiu que o dinheiro arrecadado fosse utilizado para comprar uma cadeira de rodas para um dos moradores, um jovem de 20 anos que é especial.
De acordo com a vereadora, a cadeira de rodas a ser adquirida será especial, feita sob encomenda. “Portanto, os recursos, de fato, ficam no projeto até a concretização da compra e emissão da respectiva Nota Fiscal”, explica Sílvia Regina.
Confira abaixo a “Nota de Esclarecimento” na íntegra, enviada pela vereadora:
No dia 05 desta última semana, foi veiculado em grupos de WhatsApp e redes sociais, uma suposta denúncia de irregularidade em uma ação do meu projeto.
Por este motivo, venho através desta nota, não só esclarecer esse fato como também acalmar o Espírito dos meus colaboradores e parceiros, que assim como eu, se surpreenderam e se indignaram com as palavras ditas pelo autor da publicação.
Inicialmente, é muito importante dizer que desde o ano 2016, venho realizando este projeto que, tem por objetivo, complementar com frutas, verduras e legumes, a alimentação de famílias em situação de vulnerabilidade econômica e social da nossa cidade e prestar assistência, também material, às diversas dificuldades que possam se apresentar na vida destas pessoas.
Com a família envolvida nesta triste situação não foi diferente. Após sindicância, além da necessidade de intervenção do projeto, no que diz respeito à complementação de alimentação e frauda geriátrica, especialmente pelo fato de 4 dos 5 residentes serem crianças, a família pediu ajuda também, para retornar para sua cidade natal.
Sensibilizada com a situação, realizei, às minhas custas, com ajuda de parceiros, colaboradores e da minha comunidade, uma ação beneficente, na rua onde resido, para levantar recursos para a compra das passagens para os 5 (cinco) integrantes da família.
Após o evento, já com os recursos disponíveis (ainda que insuficientes) para a compra das passagens, verificamos que todos os integrantes da família não possuíam documentos pessoais. Desta forma, não foi possível efetuar a compra dos bilhetes.
Ocorre que, do dia do evento (04/12/2021) até a última visita desta vereadora à família (01/02/2022) tudo mudou. O desejo deixou de ser a vontade de voltar para a terra natal e passou a ser adquirir uma cadeira de rodas especial para um dos filhos que possui uma condição de saúde extremamente fragilizada, como já é de conhecimento publico.
Infelizmente, 4 dias após minha última visita, esta pessoa, de forma maldosa e enganosa, usou desta situação e da simplicidade da família para criar fatos que jamais existiram, tão somente para prejudicar meu trabalho e a imagem, que momentaneamente possuo, por ser vereadora da cidade.
Pela forma de administração do projeto, os recursos não são repassados em espécie para os beneficiários. À eles são entregues o produto, que neste caso será uma cadeira de rodas especial feita sob encomenda. Por tanto, os recursos, de fato, ficam no projeto até a concretização da compra e emissão da respectiva Nota Fiscal.
Apesar de tudo, sigo confiante em Deus e acreditando que este projeto tem prosperado na minha vida e na vida de quem assistimos.
Agradeço imensamente o carinho e as palavras de apoio que tenho recebido. Muito obrigada.
*Valor arrecadado: R$ 2.430,00 (dois mil quatrocentos e trinta reais)
* Fonte: venda de caldo (R$ 10,00 por 3 copos de caldo).
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