
A Corregedoria Municipal da Prefeitura de Sete Lagoas deverá enviar nos próximos dias relatório a respeito das apurações administrativas feitas em relação ao servidor da Câmara Municipal João Gualberto Gonçalves. A informação é do presidente da Casa, vereador Cláudio Henrique Nacif (Caramelo). “Ele retornou às atividades no dia 2 de janeiro deste ano. Estava de licença médica”, esclarece o presidente.
João Gualberto Gonçalves é servidor efetivo da Câmara Municipal há três décadas. Uma auditoria realizada durante a gestão do então presidente Fabrício Augusto Carvalho do Nascimento (PRB) constatou supostas irregularidades que poderiam envolver vereadores, assessores e servidores efetivos da Casa em um alegado esquema de favorecimento de parlamentares. O sistema funcionaria com a contratação de empréstimos consignados pelos assessores e servidores em valores muito acima da margem de seus vencimentos. A finalidade seria repassar os recursos para os vereadores. João Gualberto era, à época, o chefe do Departamento Pessoal e responsável pelo pagamento da folha. Os recursos - tanto os empréstimos consignados quanto os vencimentos – eram obtidos e pagos via Caixa Econômica Federal.
O retorno de João Gualberto não foi para o seu departamento de origem, no caso, o Departamento Pessoal. Por determinação de uma portaria, afirma o presidente Cláudio Caramelo, o servidor está lotado na Secretaria Geral da Casa. “Assim que receber o relatório, vou buscar orientações da Procuradoria Geral do Legislativo para saber as ações que deverei tomar. Até o momento, não sei o teor do relatório. Estou aguardando sua chegada”, informa o presidente da Câmara. Ainda de acordo com o parlamentar, os presumíveis desvios de recursos públicos são da ordem de R$ 4 milhões.
Em outra frente de investigação, que envolve o Ministério Público de Minas Gerais, o presidente da Câmara disse não saber como andam os trabalhos dos promotores. “Eles requisitam muitos documentos, mas não repassam informações”, limita-se a dizer o vereador Cláudio Caramelo. O MP apura como funcionou, desde o ano 2000, o suposto esquema dos empréstimos consignados feitos pelos assessores e servidores efetivos em favor de vereadores de vários mandatos diferentes. “Foi firmado um TAC – Termo de Ajuste de Conduta – para as pessoas terem como negociar os valores devidos. A intenção é negociar o máximo que puder para que todos possam pagar os valores parcelados”, acrescenta o presidente. Neste sentido, um projeto de lei foi aprovado pela Câmara Municipal e um anexo da Procuradoria Geral do Legislativo recebe caso a caso para negociar e quitar os débitos.
Outro lado – A reportagem do site Megacidade entrou em contato com a advogada que fazia a defesa de João Gualberto, solicitando entrevista do servidor público. A ex-procuradora informou que tentará conversar com o atual advogado do servidor para se manifestar a respeito do assunto, que ela considera “delicado.”
Decoração de Natal Prefeito Douglas Melo denuncia furtos de cabos de energia das luzes de Natal em Sete Lagoas
Eleições 2026 Cleitinho lidera a corrida pelo Governo de Minas Gerais, aponta pesquisa
Saúde e Justiça Moraes autoriza ida de Bolsonaro ao hospital para cirurgia no Natal
Cassação Câmara dos deputados cassa mandatos de Eduardo Bolsonaro e delegado Ramagem
Cassação TRE de Minas Gerais cassa mandato do vereador Lucas Ganem, mas parlamentar de Belo Horizonte ainda pode recorrer da sentença
Presente de Natal Vereadores de Divinópolis aprovam aumento dos próprios salários Mín. 20° Máx. 32°

