Um homem, de 52 anos, armado com revólver e marreta, invadiu a casa da ex-mulher, de 52, na noite de quarta-feira (23), no bairro Alto Caiçaras, em Belo Horizonte, e a ameaçou de morte. Segundo relato da vítima, ele pulou o muro do vizinho e entrou no imóvel pela porta da frente, dizendo: “não falei com você que eu vinha? Vou te matar e depois me mato também”.
O suspeito rendeu a ex-esposa, apontou a arma para a cabeça dela e chegou a fazer um disparo, mas a vítima relatou à Polícia Militar que conseguiu segurar o cano do revólver e desviar a direção do tiro. Após o disparo, ela gritou por socorro e começou a ser arrastada, pela gola da camisa, pelo autor do crime, que voltou a colocar a arma em sua cabeça.
A cunhada da mulher, de idade não identificada, foi até o local para tentar segurar o agressor. Enquanto as duas eram ameaçadas e tentavam impedir que ele desse mais um tiro, o vizinho delas, que é policial militar, subiu o muro que divide as duas casas e disparou contra o agressor.
O homem morreu na hora. O militar isolou o local e ligou para o 190. O óbito foi constatado pelo Samu. As armas do agressor e do policial foram recolhidas. A Corregedoria da PM e uma equipe de homicídios da Polícia Civil acompanharam o caso.
O caso foi registrado no plantão digital e encaminhado à segunda Delegacia de Polícia da Região Noroeste.
Entenda
Quando a viatura chegou, o policial contou que sua casa havia sido invadida pelo autor do crime. Foi pelo terreno dele que o agressor conseguiu pular para entrar no lote da ex-mulher. Naquela hora, o militar acionou o 190, falou que estava havendo uma tentativa de homicídio e pediu reforços. Ele ficou atrás do muro acompanhando a situação e pegou sua arma.
Ao ouvir o disparo, que foi desviado pelo alto pela própria vítima, e escutar a cunhada dela chegando, o policial subiu o muro, constatou que elas estavam correndo risco de morrer, e atirou contra o agressor.
No boletim de ocorrência, a vítima relata que havia se separado do suspeito porque ele era muito violento e já havia a agredido algumas vezes. Ela tinha medida protetiva contra ele, mas continuava a sofrer ameaças.
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