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Política Prefeito

Entrevista Leone Maciel: "Não existe expectativa de arrecadação devido à crise"

Leone Maciel, prefeito de Sete Lagoas

17/02/2017 às 07h42 Atualizada em 17/02/2017 às 08h30
Por: Redação
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Prefeito de Sete Lagoas, Leone Maciel
Prefeito de Sete Lagoas, Leone Maciel

“ZPE hoje?  Isso é utopia!”

Prefeito de Sete Lagoas, Leone Maciel completa 66 anos da forma como prefere fazer política: dialogando. A entrevista a seguir foi feita em sua sala de reuniões logo após assinar os quatro primeiros convênios com entidades filantrópicas de Sete Lagoas, lado a lado com vereadores e secretários. Sem pensar antes de responder, abordou temas complicados, como a atual dívida do Município, o apelo aos contribuintes para que aproveitem a anistia e paguem seus tributos, e o que ele considera, agora, neste momento, uma utopia: a existência de um porto seco.

 

Prefeito, qual análise o senhor faz de como encontrou a Prefeitura e de como está hoje?

Leone Maciel – Na verdade, acabamos de apurar os restos a pagar, na ata de transição foi de aproximadamente R$ 207 milhões e na ata de restos a pagar mais R$ 187 milhões. Então, um total de quase R$ 400  milhões. Essa é a situação que encontramos em Sete Lagoas. Ela é preocupante? É preocupante. Ela é desesperadora? Não! Isso não! Em hipótese nenhuma. Nós temos que trabalhar para mudar essa realidade, fazer com que a adimplência aconteça dia a dia. Nós temos que trabalhar para tornarmos adimplentes. Nós temos que acabar com a inadimplência.

De qual das dívidas, qual mais lhe preocupa? É a do INSS?

No momento você vê a dívida com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para fazer a ETA (Estação de Tratamento de Água) e uma prestação de R$ 1 milhão para o SAAE pagar é preocupante. Lógico que o SAAE não tem caixa para isso. Mas são tantas as coisas...por exemplo: o Oncocentro de Sete Lagoas. A Prefeitura fez um acordo em outubro (2016) para pagar em 36 vezes de R$ 50 mil. Não pagou nenhuma. Quando você vê o dinheiro para passar para os residentes do Hospital Nossa Senhora das Graças , a Prefeitura não repassou recurso nenhum para a Residência. Quando você vê uma dívida do SAAE com a CEMIG de R$ 16 milhões é impagável de imediato. Mas temos tido a compreensão de todos os credores. Acredito que no momento que demonstrarmos para todos nossos credores a nossa firme intenção de nos tornarmos adimplentes, espero que as coisas aconteçam e que a locomotiva volte aos trilhos.

A anistia que o senhor concederá aos contribuintes de impostos municipais  já tem uma previsão do montante que a prefeitura arrecadará?

Não existe uma expectativa de arrecadação devido à crise. O que proporcionamos foi a facilidade de fazer com que as pessoas possam cumprir as suas obrigações. Mas nós estamos em um momento de crise. Todo munícipe que é devedor e chegar e propor fazer o pagamento, será um momento de alegria. Logicamente limparemos o nome das pessoas  e ele estará contribuindo para que o Município possa realizar políticas públicas. Então não existe perspectiva do quanto, existe perspectiva sim por nós (Executivo) e da Câmara de Vereadores que o povo vai acolher esse apelo nosso.

Prefeito, o senhor esteve na inauguração da Avenida Giovanni Stevanato (fundador do Grupo Ompi) e gostaria de saber se o porto seco sairá do papel. Como estão os entendimentos com a iniciativa privada e com a Codemig?

Leone Maciel – Esta palavra porto seco tem que ser muito bem analisada. O porto, no litoral, tem a sua função de acolher mercadorias e produtos industrializados para exportação e importação. No caso do porto seco, é preciso que tenham empresas que produzam, um conjunto de várias indústrias para que possamos falar que existe um porto de exportação . Para isso temos que fazer o quê? Legalizar uma aduaneira para depois imaginarmos uma ZPE. Como vou fazer uma Zona de Processamento de Exportação se não tem produtos?

O senhor quer dizer que houve uma inversão de momentos?

Leone Maciel - Acredito que houve uma alusão a uma afirmativa que até o momento não é verdadeira, não procede. No momento em que chegarmos a ter um porto seco, será a redenção econômica de Sete Lagoas. Mas no momento, não. Nós estamos instalando uma Ompi. Somente uma OMPI. Na verdade, a Iveco está com a linha de produção do Ducato no México. O que temos em produção hoje é a Ambev e a Brennad Cimentos, empresas que Leone Maciel trouxe na sua época de prefeito 92006-2008).É o que está segurando a economia do Município. Quais as empresas que poderemos ter para fazer um porto sexo, uma ZPE hoje?  Isso é utopia!

 

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