A Polícia Civil fechou, nessa quarta-feira (25), um call center clandestino que vendia consórcios fraudulentos em Belo Horizonte. Por meio das redes sociais, o grupo criava anúncios de carros com compra e venda facilitada para captar vítimas com o nome sujo. Sete pessoas foram presas.
Conforme as investigações, a organização criava anúncios falsos de veículos com imagens aleatórias, disponíveis na internet. Então, divulgava os itens em redes sociais e plataforma online de compra e venda.
O setor de captação da associação coletava os dados dos interessados e os encaminhavam para atendimento presencial em outras unidades do grupo, incluindo uma imobiliária no bairro Santa Branca e uma empresa de financiamento no Palmares.
Já nesses estabelecimentos, as vítimas eram compelidas a pagar taxas para adquirir consórcios, entradas de financiamentos, taxas administrativas, entre outras. Isso acontecia sob a promessa de que, em um curto prazo, o veículo oferecido nos falsos anúncios estaria disponível para entrega.
Os anúncios que levavam ao golpe apresentavam condições de compra facilitadas, como crédito para pessoas negativadas e parcelas com juros abaixo do mercado. Além disso, os automóveis eram anunciados com preços muito inferiores aos da tabela Fipe.
A associação tinha cerca de 200 colaboradores, que faziam as supostas “vendas” em horário comercial. De acordo com alguns funcionários, o grupo faturava mais de R$ 10 milhões por mês, e boa parte da quantia era obtida por meio de fraude. Segundo a Polícia Civil, as vítimas eram principalmente pessoas com renda mais baixa.
Durante as operações, a polícia apreendeu quatro veículos, documentos, celulares, computadores e outros objetos. 30 pessoas foram conduzidas à delegacia e sete foram presas. Na manhã de hoje (26), a corporação cumpre três mandados de busca e apreensão.
Com PCMG
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