A Associação Comercial e Industrial (ACI) de Sete Lagoas realizou em sua sede, no dia 12 de setembro último, o Encontro de Empresários, onde Gabriel Fajardo, Subsecretário de Transportes e Mobilidade de Minas Gerais, falou sobre a duplicação da MG-424 e o rodoanel metropolitano. No início de julho a rodovia foi leiloada, numa extensão de 49,71 quilômetros, entre os municípios de Pedro Leopoldo e Sete Lagoas.
O certame foi vencido pelo Consórcio Previcon (formado pelas empresas Vilasa Construtora, Infrater Engenharia, Construtora Contorno, Construtora Prearte e Triton Energia), que ofereceu R$ 406 milhões. O leilão foi feito sem valor mínimo de outorga.
O trecho rodoviário atual componente do Lote possui um total de 49,71 quilômetros de extensão, sendo 19,90 quilômetros de pista dupla e 29,81 quilômetros em pista simples. De acordo com o projeto, são quase 13 quilômetros de duplicação, dez de acostamento, 30 de faixas adicionais e 3,9 de vias marginais.
Outros 18,5 quilômetros seriam do contorno de Prudente de Morais e Matozinhos. “O objetivo é retirar nesses trechos o trânsito pesado dos centros de Matozinhos e Prudente de Morais. Inicialmente haveria duplicação nestes locais, já que o tráfego atual não justiça essa intervenção, ainda”, explicou Gabriel Fajardo durante conversa com o empresariado presente na reunião.
Conforme prevê o contrato, os investimentos em obras devem ultrapassar R$ 457 milhões. Com vigência de 30 anos, prevê ainda a instalação de dois pedágios, que não foram definidos onde serão instalados. Porém, na proposta inicial, um ficaria na saída de Prudente de Morais e outro na região de Pedro Leopoldo, antes de Confins. A cobrança começaria nove meses após o início das operações.
Pedágio
A concessão ainda não entrou em operação, mas já está causando polêmica no que diz respeito à localização de algumas praças de pedágio. É o caso do município de Pedro Leopoldo. Segundo a prefeita daquela cidade, Eloísa Helena, o município não é contra o desenvolvimento da região, mas se opõe à implantação do pedágio na forma como está previsto, uma vez que haverá poucas intervenções no trecho que compreende Pedro Leopoldo.
Nas marcações, locais onde podem ser instalados os pedágios
Ainda segundo a chefe do Executivo, Pedro Leopoldo é o único que não terá grandes benefícios e ainda assim irá pagar o pedágio. “São José da Lapa não pagaria, Vespasiano não pagaria. E São Leopoldo já possui uma via duplicada. Sendo assim, a cidade só teria prejuízos”, frisou.
Isenção de tarifas
Pensando numa forma de amenizar possíveis impactos financeiros à população da cidade, a prefeita apresentou uma proposta ao Governo de Minas, que prevê a isenção das tarifas aos veículos emplacados em Pedro Leopoldo (MG).
“A nossa preocupação coma cobrança é que penalize financeiramente os moradores e afaste a possibilidade de trazer empresas para o município. Por isso, a gestão fez o pedido de algumas intervenções que não estão contempladas no projeto e da possível isenção dos veículos com placa de Pedro Leopoldo”.
Já Gabriel Fajardo ressaltou que é importante preservar o equilíbrio financeiro e econômico do contrato firmado. “É preciso sentar e negociar”, afirmou. As obras de melhorias estavam previstas para começar em agosto, mas ainda não foram iniciadas, o que pode ocorrer à qualquer momento.
As intervenções
Estão previstos: construção do contorno de Matozinhos e de Prudente de Morais; duplicação de 12,7 quilômetros de rodovia; construção 29,6 quilômetros de faixas adicionais; construção de 10,2 quilômetros de acostamento; melhorias em 19 acessos; construção de duas passarelas; implantação de seis rotatórias; implantação de seis trevos completos; construção de 32 paradas de ônibus e implantação do Sistema de Atendimento ao Usuário (SAU).
O projeto completo você acessa AQUI.
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