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Memorial dos Direitos Humanos em Minas para resgatar a história

No antigo e temível Dops, haverá exposição de relatos gravados, documentos, fotos, gravuras e obras artísticas que guardam as memórias relativas à ditadura de 64

16/03/2017 às 15h23
Por: Redação
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Nilmário Miranda, secretário de Direitos Humanos de Minas Gerais (Agência Minas)
Nilmário Miranda, secretário de Direitos Humanos de Minas Gerais (Agência Minas)

A instalação do Memorial dos Direitos Humanos de Minas Gerais na sede no antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), em Belo Horizonte, foi tema de roda de conversa realizada na Casa de Direitos Humanos, na última quinta-feira (9).  Promovida pela Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania (Sedpac), a reunião contou com a participação dos secretários de Estado Nilmário Miranda (Sedpac), Angelo Oswaldo (Cultura), da presidente do IEPHA, Michelle Arroyo, e de ativistas da Justiça de Transição, militantes do Levante Popular da Juventude, representantes Associação dos Amigos do Memorial da Anistia Política do Brasil, além de pessoas que foram presas e torturadas no local no período da Ditadura.

Durante a reunião, foram discutidas iniciativas para encaminhar a instalação do Memorial, como a criação de um Comitê Orientador do projeto museológico e arquitetônico e a formação de um grupo para visitar o local e verificar a situação das instalações.

Na oportunidade, o secretário Nilmário Miranda disse que existe um consenso em torno da ideia do Memorial dos Direitos Humanos se voltar para as novas gerações e ter um forte viés cultural, além da preservação da memória e da verdade.

“O diretor e dramaturgo Pedro Paulo Cava lembra que 1.500 músicas e quase 500 peças teatrais foram censuradas na Ditadura. O Memorial vai possibilitar a exposição de relatos gravados, documentos, fotos, gravuras e obras artísticas que guardam as memórias desta época”, relatou o secretário.

História

Símbolo da repressão política em Minas, o Dops foi um dos principais locais de violação dos direitos civis em Belo Horizonte no período militar. Criado em 1927 como Delegacia de Segurança Pessoal e Ordem política e Social, foi transformado em polícia politica em 1956, já como Departamento de Ordem Política e Social de Minas Gerais (Dops-MG). Foi usado na repressão desde os primeiros dias do golpe de 1964, em articulação com os DOI-Codis do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Em outubro de 2013 o prédio foi tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de Belo Horizonte, como parte integrante do Conjunto Urbano Avenida Afonso Pena e Adjacências. O processo de tombamento da sede do Dops é uma antiga reivindicação de estudiosos, entidades sociais e políticos.

 

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